Vigilância, Vazamentos e Pirataria nas Relações Internacionais
Ano de defesa: | 2019 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18010 |
Resumo: | Esta dissertação defende que a prática pirata, em suas diferentes formas, constitui um ato de resistência política, econômica e cultural. Esta sua característica, constitutiva de seu engajamento em alternativas de existência diferentes daquelas determinadas pela economia formal, pelos discursos dos Estados nacionais, das Instituições Internacionais e das grandes corporações midiáticas é, portanto, um fator de desestabilização da ordem da vida nacional e/ou internacional, passível de provocar reação e/ou mudança em vários domínios de ambas as esferas. Defendo que inúmeros exemplos demonstram como a prática pirata é movida por convicções sociais e políticas, que provocam rupturas com as representações naturalizadas pelas narrativas do establishment, que a criminalizam. Nesta dissertação defendo, primordialmente, que dentre suas ações mais espetaculares, repercutantes, e culturalmente inovadoras, encontra-se o compartilhamento gratuito de bens de variadas naturezas. Porém, é o uso de novas mídias como veículos de criação de novas expressões políticas e culturais, de produção e de consumo, como os jogos eletrônicos, ou os sites de informação, que deflagraram novas perspectivas de resistência criativa e, ao mesmo tempo, tornaram a prática pirata um dos principais alvos da vigilância e repressão nas sociedades de controle. Ademais, destaca-se que a perspectiva pirata — conceito central desta pesquisa —, e defendida por meio de uma abordagem conceitual pós-estruturalista, é utilizada por indivíduos que buscam romper com as representações padronizadas nas narrativas sobre o internacional (pós-) moderno. Essa ruptura com o senso comum é realizada por meio da criação de novos veículos de contrainformação e da criação de novas expressões culturais, causando choques estéticos e mudanças de percepção sobre tais representações nas Relações Internacionais. Em outras palavras, a perspectiva pirata permite uma resistência criativa por meio da produção de “duplos modificados”. Além disso, essa diferente dimensão estética da pirataria nos ajuda a compreender determinadas ações dos “Estados piratas”, que ignoram as patentes e copyrights na busca por garantias de bem-estar de suas populações. |