Eu vou pra escola e continuar criança?: a transição da educação infantil para o 1º ano do ensino fundamental em Itaboraí /RJ no período da pandemia da Covid-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Nunes, Márcia Mary
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22848
Resumo: A presente pesquisa dissertativa, realizada no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Educação- Processos Formativos e Desigualdades Sociais da Faculdade de Formação de Professores da UERJ (PPGEDU/FFP/UERJ), vincula-se à linha de pesquisa Políticas, Direitos e Desigualdades, bem como ao Grupo de Pesquisa Infâncias, Formação de Professores e Diversidade Cultural (GIFORDIC), consistindo em investigar e compreender como ocorreu o processo de transição das crianças da Educação Infantil para o primeiro ano do ensino fundamental, tendo como recorte o período da Pandemia da Covid-19 (2020-2022) em Itaboraí/RJ, no Leste fluminense. O lócus da pesquisa foi um CEMEI- Centro Municipal de Educação Infantil e uma escola de Ensino Fundamental, ambos da rede municipal de Itaboraí. Para tal, fez-se necessário pesquisar as políticas públicas educacionais do município de Itaboraí, implementadas em função da pandemia da Covid-19, e suas aplicabilidades nos processos de ensino-aprendizagem, investigando se elas foram capazes de garantir plenamente o direito à educação, respeitando a criança como sujeito social e as infâncias na sua pluralidade sociocultural. Ademais, buscamos identificar nas vozes das crianças, professoras/es e famílias, os processos que foram construídos na Educação Infantil e se eles foram pensados para terem continuidade no primeiro ano do Ensino Fundamental. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, fundamentada em procedimentos documentais, levantamento bibliográfico do estado conhecimento do tema da pesquisa e entrevistas compreensivas. Para nos ajudar a refletir sobre a criança pequena, como sujeito, social, ativo, reflexivo, capaz de produzir cultura e saberes a partir de sua própria existência, buscamos dialogar com alguns autores da sociologia da infância tais como Arenhart (2016), Benjamim (2013), Corsaro (2011), Faria e Finco (2020), Sarmento (2013), Tavares (2008, 2019), Vigotsky (1991, 2004). Dialogamos também com outros/as teóricos/as que trabalham conceitos importantes da pesquisa em tela, tais como a pedagogia dialógica, humanizadora e emancipatória de Paulo Freire (2005, 2011, 2019,2021), com concepções de alfabetização e professora pesquisadora em Garcia (2012), conceitos de transição da educação infantil para o ensino fundamental com Kramer (2011), Motta (2013) e Pina (2019), o direito à cidade Tavares (2008). Assim como as legislações que tratam diretamente da Educação Infantil, como DECNEIs, ECA e LDB. Como principais aprendizagens e achados da pesquisa, destacamos a importância da relação Educação Infantil e primeiros anos do Ensino Fundamental, bem como o planejamento sistemático da transição, tornando-o uma política pública na Rede de Itaboraí, destacando o papel protagonista das professoras e professores envolvidos, em especial junto às crianças e suas famílias.