Efeito de comunidades epifílicas em processos ecológicos: uma avaliação de folhas a ecossistemas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Almeida, Lidiane Cordeiro de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20388
Resumo: Uma das questões fundamentais da Ecologia consiste no questionamento da relação entre organismos não parasitos com o seu hospedeiro e o funcionamento do ecossistema. Os organismos que se estabelecem em superfícies foliares de plantas em florestas tropicais chamam atenção desde o século XIX. A filosfera (i.e. tecido foliar) é habitat para bactérias, cianobactérias, fungos, líquens e briófitas. O entendimento sobre a função ecológica das epífilas no funcionamento do hospedeiro e processos ecossistêmicos permanece escasso. No presente trabalho, buscamos preencher algumas lacunas do conhecimento sobre a interação filosfera hospedeiro. No capítulo 1, revisamos o conhecimento produzido sobre a interação da filosfera hospedeiro nos últimos 75 anos. Como são diversas as denominações utilizadas para referir-se a filosfera, contemplamos os diversos termos utilizados com uma revisão sistemática da literatura. A partir do nosso protocolo de busca, encontramos 3.557 artigos e apenas 25 foram elegíveis para a revisão. Identificamos características mensuradas nos artigos relacionados à fotossíntese, recurso, defesa, hidráulica e processos ecossistêmicos. De modo geral, com base nas características apresentadas nos estudos descrevemos o papel ecológico das epífilas. Detectamos que os estudos negligenciaram a diversidade de organismos na filosfera e, em geral, foram conduzidos na América Central. No segundo capítulo, investigamos se a susceptibilidade de plantas a cobertura por epífilas na floresta Amazônica, pode ser modulada por características das plantas hospedeiras, assim como os efeitos para o incremento de biomassa e fixação biológica de nitrogênio. Apesar da premissa de que as características da planta hospedeira relacionadas à capacidade de repelir água podem influenciar a suscetibilidade das folhas à colonização, estas não foram variáveis influentes para a cobertura da filosfera. Em geral, nossos resultados sugerem que características foliares ligadas ao escoamento de água podem não influenciar o estabelecimento de organismos na filosfera. As plantas hospedeiras apresentaram maior cobertura da filosfera quando possuem menos de sete metros de altura. Portanto, sugerimos que as características microclimáticas podem ter a maior influência no estabelecimento de comunidades epifílicas.