Efeito da dieta hiperlipídica sobre a composição corporal de camundongos jovens, fêmeas e machos, expostos à fumaça de cigarro e a resposta à abstinência
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23278 |
Resumo: | Mudanças no padrão nutricional, incluindo o aumento do consumo de lipídios na dieta, principalmente associado aos óleos vegetais, estão diretamente relacionados a distúrbios consequentes do desenvolvimento de sobrepeso e obesidade. Outro fator prejudicial à qualidade de vida, que afeta em níveis consideráveis os jovens, é o tabagismo. Portanto, a associação desses dois fatores representa um agravo à saúde. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de dieta hiperlipídica, contendo óleo de soja, sobre a ingestão alimentar e a composição corporal de camundongos jovens, fêmeas e machos, expostos à fumaça de cigarro durante a adolescência, assim como a resposta à abstinência na vida adulta. A partir do desmame, 21 dias pós-natal, até o final do período experimental, os animais foram alimentados com dietas manufaturadas normo- (7S) e hiperlipídica (19S). Dos 35 aos 50 dias pós-natal, metade dos animais foi exposta à fumaça de cigarro (F) e a outra metade permaneceu em ar ambiente (C). Ao final, uma parte dos animais foi eutanasiada e outra permaneceu em abstinência por 30 dias (ABS). Em todas as etapas foram avaliadas a ingestão alimentar, a massa e a composição corporal. Sangue e tecidos adiposos visceral e subcutâneo foram coletados para análise. Nas fêmeas, durante a exposição à fumaça, a ingestão alimentar foi semelhante a do grupo C19S e o ganho de massa corporal foi menor nos animais F19S. Na abstinência, o grupo F19S apresentou a maior ingestão e ambos os grupo F permaneceram com ganho de massa reduzido. Quanto a composição corporal, a exposição determinou maior massa magra, maior densidade mineral óssea e redução da área óssea, independente da dieta, além de tenderam a menores depósitos de gordura abdominal. Após abstinência, os grupos ABS7S e ABS19S mantiveram maior massa magra, sem alteração da densidade mineral óssea, apesar de menores níveis de conteúdo mineral e área óssea total. O grupo ABS19S apresentou maiores depósitos adiposos. A dieta hiperlipídica, durante a exposição, promoveu aumento da glicemia e redução da funcionalidade das células beta, com melhores indicadores na abstinência, mas permanecendo o elevado índice de resistência a insulina. Não houve alteração em triglicerídeos e colesterol plasmáticos. Nos machos a exposição à fumaça reduziu o consumo alimentar e, esse padrão foi mantido após abstinência, sem diferença de ganho de massa corporal, entre os grupos C e F. A composição corporal e a integridade óssea apresentou padrão semelhante ao das fêmeas, durante a exposição e abstinência, no entanto, sem a redução da área óssea. Houve tendência a maior conteúdo de gordura abdominal, relacionado ao tipo de dieta. Os indicadores de resistência a insulina também responderam de forma semelhante às fêmeas, com influência maior quando da dieta hiperlipídica. A abstinência provocou a redução das concentrações de colesterol. Alterações na ingestão alimentar, na massa corporal, na composição corporal e no metabolismo glicídico, de machos e fêmeas, se apresentaram de diferentes maneiras, mostrando que os efeitos da fumaça por vezes se sobrepõem a influencia da dieta e nem todas são revertidas com a abstinência, permanecendo na vida adulta. |