Fumaça de cigarro durante a adolescência de camundongos fêmeas e machos: efeitos da exposição e da abstinência sobre a adiposidade
Ano de defesa: | 2016 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12696 |
Resumo: | O consumo de tabaco é uma das grandes pandemias de todos os tempos. Os índices de tabagismo entre adolescentes do sexo masculino e, principalmente, do sexo feminino vêm crescendo. Assim o objetivo foi avaliar a influência do fumo na puberdade e na abstinência na vida adulta, sobre aspectos relacionados à composição corporal e à adiposidade de camundongos Swiss, fêmeas e machos. Aos 35 dias de idade, as fêmeas e os machos foram submetidos à câmara de fumaça, onde foram divididos em dois grupos experimentais. Após quinze dias de exposição, metade dos animais de cada grupo foi sacrificada. A outra metade permaneceu em abstinência por trinta dias. Ao final da exposição à fumaça ou após trinta dias de abstinência, os animais foram avaliados in vivo, para determinação da tolerância a glicose e para determinação da composição corporal por DXA e, em seguida foram sacrificados para coleta de tecidos e realização das demais análises. Durante a exposição à fumaça, a massa corporal dos animais fumantes fêmeas e machos (F/15) foi menor que a de seus respectivos controles, com baixo ou nenhum ganho de massa durante os 15 d. Nesse período, a ingestão alimentar diária e a ingestão calórica foram semelhantes entre os grupos C e F/15. Durante os 30 dias de abstinência, a tendência ao ↑ de ingestão alimentar determinou maior ingestão calórica no grupo ex-fumante, que foi traduzida pelo aumento da massa corporal nas fêmeas, mas não nos machos. A exposição à fumaça para as fêmeas foi um fator indutor do ganho de gordura do tronco e total, refletida pelo ganho de massa de TAR. Esses dados são confirmados pelo maior índice de adiposidade e concentração plasmática de leptina, verificados nas fêmeas fumantes. Na avaliação de índice glicêmico, fêmeas expostas à fumaça apresentaram concentrações plasmáticas aumentadas de glicose e insulina, no entanto, com ↓ atividade das células beta pancreáticas, indicando possível alteração da ação da insulina. O TAR também foi avaliado em relação ao estresse oxidativo, onde a catalase não revelou alteração nas fêmeas mas ↑ nos machos e a GPx, sua atividade se encontrava ↓ nas fêmeas e ↑ nos machos. A oxidação proteica foi determinada por carbonilação que evidenciou aumento nas fêmeas. A cessação do hábito de fumar, não reverte os danos provocados pela fumaça, cujo potencial tóxico permanece expressivo, afetando a composição corporal, a estrutura e função do tecido adiposo intra-abdominal. |