Desconstruindo olhares sobre o significado de erro nos processos avaliativos de um Curso de Licenciatura em Pedagogia
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10217 |
Resumo: | Apresento o estudo desenvolvido no Curso de Mestrado, UERJ/FEBF, cujo objetivo foi investigar os sentidos de avaliação articulados nos discursos dos estudantes de um curso de licenciatura tendo como foco a compreensão que eles têm do erro. A pesquisa foi realizada em uma instituição de ensino privada localizada em um município da região do sul do Estado do Rio de Janeiro. A reflexão sobre o significado do erro no processo de construção de conhecimento é fundamental em um processo de formação docente em que tenhamos como objetivo o desenvolvimento de novas posturas e novas práticas de avaliação. Ele é relevante na medida em que a avaliação permanece como uma questão nevrálgica nos processos de escolarização em todos os níveis. Assumindo uma abordagem pós-estruturalista, a pesquisa se constitui como um desafio teórico-metodológico que buscou flexibilizar ferramentas tradicionais de pesquisa questionando discursos hegemônicos naturalizados sobre as práticas escolares. Para tanto, foi realizado um estudo de caso, configurando-se como um tipo de pesquisa-que-procura, com análise a partir da Teoria de Discurso, para mobilizar diferentes possibilidades metodológicas e procedimentos. No trabalho é destacado que as políticas educacionais em curso, ao operarem com base em um tripé que associa de forma unívoca a centralidade curricular, a testagem em larga escala e a responsabilização docente tendem a aprofundar formas de pensar a avaliação da aprendizagem que aprofundam processos de exclusão, desconsiderando o acúmulo teórico produzido pelo campo da educação sobre o problema. Essas políticas pouco contribuem para a superação, no contexto da prática, de práticas avaliativas classificatórias e excludentes que ainda persistem naturalizadas. A investigação concluiu que os significados atribuídos ao erro são carregados de simbolismos e de estereótipos construídos socialmente, e que essa construção obedece à lógica dicotômica que caracteriza o pensamento moderno de que a escola é herdeira. Em outras palavras, esses licenciandos repetem as práticas aplicadas por seus professores durante a formação inicial, na licenciatura, perpetuando metodologias e técnicas de avaliação vivenciadas em sua formação e olhando o erro como fator negativo do processo. Os discursos sobre a avaliação estão intimamente ligados aos significados atribuídos a um ensino conservador, apesar de questionador e com um viés emancipador e transformador das relações sociais e construtor de conhecimentos. |