A biblioteca escolar do Externato do Colégio Pedro II: sujeitos, práticas de leitura e acervo (1927-1934)
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22937 |
Resumo: | Trata da conformação da biblioteca escolar do Externato do Colégio Pedro II entre os anos de 1927 e 1934. Objetiva compreender como a biblioteca escolar se conforma como espaço e acervo, além da função do bibliotecário e das práticas dos leitores no âmbito do Externato do Colégio Pedro II entre 1927 e 1934. Consiste em uma pesquisa histórica, documental e qualitativa que tem como campo empírico de análise as fontes documentais armazenadas, preservadas e disponibilizadas no Núcleo de Documentação e Memória do Colégio Pedro II. Elege como fontes privilegiadas de análise as três obras comemorativas de aniversário da instituição, o Regimento Interno do ano de 1927, os dois relatórios produzidos pelo bibliotecário do Externato e os jornais estudantis. Adota também a Hemeroteca Digital Brasileira da Fundação Biblioteca Nacional como acervo de pesquisa. Aborda conceitos próprios da História Cultural tais como estratégias e táticas a partir de Michel de Certeau; dispositivo e discurso a partir de Michel Foucault; e práticas de leitura a partir de Jean-Yves Mollier, Robert Darnton e Roger Chartier. Insere-se nos campos de estudos da Cultura Escolar e das Práticas Escolares. Considera que a biblioteca, enquanto instituição, assume funções primordialmente operacionais no que tange ser o espaço que abriga os livros. Reflete que, inserida em uma instituição de ensino tradicional, enciclopédico, afrancesado e humanista, a biblioteca, igualmente, assume tais características. Identifica, por outro lado, iniciativas outras de formação de coleções na escola como a criação de uma biblioteca no Grêmio Científico e Literário ou em uma das salas de aula do Colégio. Percebe que os livros que circulam na biblioteca compõem o que se pode chamar de coleção científica, formada, sobretudo, por dicionários e enciclopédias. Identifica os livros que compõem o acervo nos relatórios produzidos pelo bibliotecário e analisa as práticas biblioteconômicas de desenvolvimento de coleções. Sugere que o desenvolvimento da coleção ocorre principalmente por compras e doações realizadas por intelectuais tais como docentes e egressos da escola. Analisa o discurso institucional que rege a atuação do bibliotecário e elabora um verbete biográfico de João José Fernandes da Veiga, que ocupa o cargo no período. Discorre sobre os leitores na escola a partir dos assuntos dos livros que mais consultam, da instituição do cargo de bibliotecário no Grêmio e de suas relações com a sala de leitura. Conclui que a biblioteca é um indício da cultura escolar e reflete sobre a sua constituição em instituições de ensino secundário, como o Colégio Pedro II. Direciona para reflexões futuras que analisem os discursos produzidos para a biblioteca escolar do ensino primário e do ensino secundário, entendidas como dois modelos distintos, de modo a compreender a constituição do campo no Brasil. |