Fenomenologia hermenêutica das ciências naturais: ser-na-verdade e finitude

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Tolfo, Rogério
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12190
Resumo: A presente investigação tem como objetivo apontar para a necessidade de considerar-se, em uma hermenêutica das ciências naturais, o que Heidegger denomina modo de ser autêntico ou dimensão da autenticidade da existência. Inicialmente, será realizada uma apresentação geral pertinente às questões ontológicas de Ser e Tempo. Em seguida, objetiva-se apresentar a recepção heideggeriana de reconhecidos (clássicos) autores/estudiosos, que permite mostrar que, embora não se tenha um programa qualificado para o debate científico em Ser e Tempo, não obstante, pode-se concluir que há apontamentos que permitem a elaboração de um programa qualificado. Ainda no capítulo inicial, serão apresentadas questões referentes ao tratamento, da ciência, epistemologicamente centrado, visando com isso apontar para os limites desse tratamento. Por fim, ainda neste capítulo, será apresentado um panorama geral dos autores e perspectivas de uma abordagem da ciência natural que abarque a hermenêutica e fenomenologia. Depois disso, nos capítulos subsequentes serão apresentadas, respectivamente, as teses de Kockelmans, Ginev e Heelan. Para o primeiro, o cerne de uma hermenêutica das ciências naturais está na tematização objetificante. Para o segundo, uma hermenêutica das ciências naturais abarca temas referentes a uma micro e uma macro-hermenêutica das ciências naturais. A cotidianidade da pesquisa científica é tema da micro hermenêutica e os projetos tematizantes são o tema da macro-hermenêutica. O último dos estudiosos defende sua hermenêutica das ciências naturais com a tematização da percepção do espaço visual, que proporciona as bases para sua proposta de um realismo de horizontes ou hermenêutico. Da apresentação dos capítulos dois, três e quatro, pode-se concluir que a dimensão da autenticidade, do modo de ser autêntico da existência, não é abordada. No último capítulo ver-se-á o que caracteriza a autenticidade e inautenticidade em Heidegger. Será visualizado ainda que o ser-em-função da verdade e a finitude são temas que ficaram de fora das abordagens apresentadas nos capítulos precedentes. Esses são temas pertencentes à dimensão da autenticidade. O objetivo do capítulo final é apontar para o não transitar na dimensão autêntica (das demais abordagens) e mostrar em que consiste tal trânsito para uma hermenêutica das ciências naturais, em que ele pode ser "útil" (grifo nosso) para um adequado entendimento das ciências naturais, que deverá contemplar o sentido e a finitude.