A persona bifronte em A Demanda do Santo Graal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Gonçalves, Francisco de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/6160
Resumo: Santas, pecadoras, penitentes, deusas de um mundo antigo: fadas, bruxas, rainhas, princesas; vítimas e algozes de servas do demônio a mártires e/ou vice-versa, a peregrinatio da mulher no imaginário medievo é longa e pedregosa. A persona mulier d A Demanda do Santo Graal (século XIII) reflete a ideologia clerical moralístico-didatizante do Centro-Medievo, sem, contudo, deixar de projetar caracteres provindos de sua raiz, o que as imbui de singular dualidade, de uma ambiguidade que é marca não só do medievo paradoxal concernente ao feminino, mas também de personagens concebidas entre dois mundos, dois pólos ideológicos distintos, seres ficcionais bifrontes: localizados entre as herdades de um mundo perdido e os alvores de identidades forjadas pelo patriarcado. O objetivo precípuo de nossas pesquisas é investigar de que maneira a fôrma sociocultural medieva, na qual foi moldada a obra, relaciona-se com seu substrato: as narrativas provindas da cosmovisão inerente ao imaginário céltico. Divididas entre herdades e identidades, estas personae femininas da obra de escopo são o fulcro do presente estudo. Abordamos o corpus sob uma clivagem transdisciplinar, tomando por colunas pivotais de leitura perspectivações teóricas várias, como as de Roger Sherman Loomis, Georges Duby, Michelle Perrot, Judith Bennet, Ruth Mazzo Karras, entre outros.