Arte de existir, imprensa feminina e educação: Josephina Álvares de Azevedo (1888-1894)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Reis, Jocemir Moura dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10515
Resumo: O periódico A Família: Jornal Literário Dedicado à Educação da Mãe de Família, de propriedade da redatora, poetisa e professora Josephina Álvares de Azevedo, produzido e publicado inicialmente, em 1888, na cidade de São Paulo e transferido, em 1889, para Corte, é um impresso semanal cuja coleção encontrada na Biblioteca Nacional (BN), estende-se até 1894, anos que compreende nosso horizonte de pesquisa. De grande circulação nas mais diversas províncias do Brasil no final do século XIX, o periódico aborda temas como a emancipação da mulher, autonomia, voto feminino, teatro e literatura. Selecionamos este periódico e a experiência de sua redatora como recurso para pensar a respeito das relações entre saber, poder e subjetividade na Educação. Neste sentido, esta pesquisa de mestrado no âmbito da História da Educação, coteja, em certa medida, a arqueologia e a ética do cuidado de si, cujo aporte teórico-metodológico se faz a partir das proposições, postulações e estudos de Michel Foucault. Nosso objetivo é examinar os processos de produção, distribuição e discursos presentes no impresso, bem como, problematizar sua constituição como objeto e fonte documental, atentando para a capa, layout, propaganda, linha editorial, colaboradoras e colaboradores, anúncios, valores, circularidades, gênero, tiragem e publicidade. Além de atentar também para os diálogos com outros periódicos. Concernente à ética do cuidado de si, esta pesquisa se destinou a estudar os sujeitos envolvidos com a produção, circulação e recepção de A Família, sobretudo de sua redatora. Procuramos, ainda, colher na verve da poesia, de sua peça teatral O Voto Feminino, e de seus livros, indícios da relação de poder, saber intrínseca ao seu tempo, o que pode contribuir para a compreensão do pensamento acerca de outros sujeitos: os não-leitores e aqueles que, de alguma forma, possam ter ficado à margem de tais publicações. Com base neste exercício, observamos os debates sociais, embates políticos, as querelas constituintes das pautas da revista e a agenda que ajudou a produzir no Brasil do final do século XIX, bem como as zonas de sombreamentos. Por fim, tratamos de analisar a trajetória e investimento da redatora, articulado ao projeto editorial que protagonizou voltado para educação da mulher, mãe de família