Ecossistemas digitais e mobilização coletiva: as redes socias como campo de expressão do pensamento social
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17292 |
Resumo: | A presente tese analisa a forma como o pensamento social se expressa em uma rede social digital face a fenômenos de mobilização coletiva. Foram realizados três estudos independentes, a partir de dois acontecimentos pontuais, a saber, a ocupação das escolas do estado do Rio de Janeiro, por parte dos estudantes secundaristas em 2016 e o fenômeno de disseminação de fake news, durante a campanha presidencial do Brasil em 2018. O primeiro estudo visou analisar a ocupação das escolas do Rio de Janeiro como sistema representacional, no quadro da abordagem estrutural das representações sociais. O segundo estudo se concentrou na geração, circulação e reprodução do pensamento social, a partir das narrativas construídas e difundidas pelos jovens nas páginas do Facebook das escolas ocupadas. Já o terceiro estudo extrapolou a dinâmica de antagonismo das redes sociais digitais entre eleitores de Fernando Haddad e Jair Bolsonaro a um exercício de interação conversacional face a face, levando em consideração a abordagem dialógica das representações sociais e a retórica, entendida como arte prática da argumentação. Do ponto de vista psicossocial, os estudos permitiram concluir que, em contextos caracterizados por relações de tensão/conflito, as redes sociais digitais operam a modo de campos representacionais, ativados pelo afeto como vetor mobilizador, e configurados a partir de três princípios: i) campo como ecossistema; ii) campo como relação biunívoca entre práticas e representações; e iii) campo como tensão dialógica. Os resultados da pesquisa também sugerem rotas possíveis para abordar os ecossistemas digitais como campos comunicacionais, por meio de perspectivas teórico-metodológicas integradoras. |