O fantástico como produto e produtor de subjetivação: uma análise do impacto de O Senhor dos Anéis em seus leitores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Pereira, Isabella
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23346
Resumo: A dissertação aborda a relação entre subjetivação e literatura fantástica, tendo como objeto de estudo O Senhor dos Anéis, de J.R.R. Tolkien. A pesquisa parte da noção de que a subjetividade é formada por experiências sociais e culturais, conforme teorizado por autores como Deleuze e Guattari, e busca investigar como essa obra amplamente consumida transcende sua natureza de produto da cultura de massa para funcionar como um vetor de subjetivação, produzindo efeitos na singularização da subjetividade de seus leitores. Para isso, analisamos o contexto histórico de criação da obra de Tolkien e as experiências de vida do autor que influenciaram sua escrita, estudamos seu papel como escritor em diferentes formas de produção, como a escrita acadêmica, epistolar e ficcional, destacando como a narrativa fantástica oferece um espaço para o leitor experimentar múltiplas realidades e refletir sobre questões morais e sociais de maneira indireta. A pesquisa incluiu ainda entrevistas com leitores brasileiros sobre sua experiência com o livro, cujas respostas foram analisadas em torno de temas como amizade, jornada do herói, simplicidade e o divino. Em suma, utilizamos O Senhor dos Anéis como exemplo para demonstrar que a cultura de massa não produz apenas subjetividades assujeitadas, mas possibilita a singularização dos sujeitos e pode contribuir para a formação humana de seus leitores.