Neoconservadorismo de periferia: articulação familista, punitiva e neoliberal na Câmara dos Deputados
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciência Política |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12476 |
Resumo: | Esta tese analisa a articulação em torno de diferentes temas da agenda da direita contemporânea na Câmara dos Deputados: o ativismo pela família tradicional, pelo punitivismo, pelo neoliberalismo e em combate ao bolivarianismo. Investiga-se se existe uma militância concertada nesses itens, quem seriam seus protagonistas e quais argumentos unem esses assuntos. A tese agrega leitura transversal aos estudos sobre a atuação política em cada uma das pautas mencionadas. A hipótese que norteia a pesquisa é a de que existe uma articulação neoconservadora na Câmara dos Deputados, configurando uma reelaboração do neoconservadorismo norte-americano no Brasil. O eixo analítico para a investigação é a literatura a respeito desse movimento político surgido nos Estados Unidos na década de 1980, literatura que oferece a estrutura conceitual a partir da qual a hipótese será testada. A metodologia empregada consistiu na análise de votações em plenário, de proposições e do conteúdo de discursos parlamentares sobre os temas indicados, e também do perfil (denominação religiosa e pertencimento a bancadas) dos deputados atores dessas iniciativas. Os resultados confirmam em grande medida a hipótese, e demostram que a atuação de um grupo de deputados federais brasileiros corresponde à do movimento estrangeiro. A ação produzida no Brasil, porém, contém peculiaridades de um país de periferia: a ação não tem feição imperialista, como nos EUA pelo contrário, privilegia uma inserção internacional hemisférica e não autônoma; e a defesa dos princípios neoliberais não é tão clara, possivelmente pelo fato de os parlamentares neoconservadores brasileiros terem um eleitorado pobre, carente de proteção estatal. A conexão das pautas é informada por um ideário neoconservador, que tem em seu cerne a defesa de valores religiosos cristãos e os valores da família como resposta às disfunções sociais. O protagonismo da ação neoconservadora brasileira é majoritariamente de deputados evangélicos. |