Brasil, mostra a tua cara! A emergência neoliberal e neoconservadora nos debates de gênero nas recentes políticas curriculares (2014-2018)
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18484 |
Resumo: | O descontentamento das elites econômicas dominantes e da classe média brasileira diante das (ainda que) incipientes reformas de redistribuição de renda dos governos Lula e Dilma, somado ao avanço de algumas demandas dos coletivos de LGBTI+, feministas e demais movimentos sociais, levaram à rearticulação e ao fortalecimento de grupos de extrema direita. Tal movimento se fez presente nos discursos que disputaram as atuais políticas curriculares PNE e BNCC. Se, antes, discutir gênero e sexualidade restringia-se à esfera privada, no momento em que esse tipo de discussão passa a conformar uma agenda progressista e, mais que isso, uma agenda de interesses inclusivos, denunciando o quão pública e democrática a escola deveria ser, isso passa a ser foco da atenção de neoconservadores alinhados e somados aos interesses neoliberais de diminuição do papel do Estado, ao mesmo tempo que se torna espaço privilegiado de ataque às minorias sexuais dissidentes. Assim, orientado pela perspectiva pós-estrutural, neste trabalho defendo a tese de que os discursos neoconservadores mobilizados por fundamentalistas religiosos cristãos como maneira de frear as discussões de gênero e sexualidade nas políticas curriculares e educacionais não se explicam somente pelo viés da moralidade; devem ser pensados também como elementos fundamentais do recrudescimento de uma agenda neoliberal, no Brasil e fora. |