Perlita como adsorvente: avaliação da remoção de óleo de efluente gerado em área de lavagem de veículos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Ribeiro, érika Lorena de Oliveira Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Engenharia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10886
Resumo: A atividade de lavagem de veículos é geradora de grandes volumes de efluente contendo em sua maioria óleos e graxas, MBAS e sólidos. O sistema de tratamento usual gera efluentes de purga do sistema, da retrolavagem dos filtros, o que o torna oneroso. A adsorção surge como uma alternativa para minimizar esses custos. Compostos que possuem em sua composição silicato de alumínio, como a perlita, em geral, são bons adsorventes. A perlita é um aluminossilicato muito poroso, de baixo custo e fácil de obter, térmica e quimicamente inerte, com mineração e transporte realizados de forma sustentável. Esse mineral torna-se um resíduo após ser removida de tanques criogênicos. O objetivo deste trabalho foi reutilizar a perlita como adsorvente no processo de adsorção como uma alternativa para o tratamento de efluentes de lavagem de veículos. A metodologia do trabalho consistiu na caracterização do adsorvente pelos métodos BET, Termogravimetria; na elaboração do efluente sintético por meio de óleo de motor, ácido clorídrico, NaCl e detergente; e na realização de banho finito de acordo com a Norma ASTM D 3860/98, onde diferentes massas da perlita forma colocadas em contato com o efluente sintético de concentração conhecida. Para avaliar a concentração final do óleo no efluente sintético, foi realizada a confecção de uma curva de calibração e por fim a leitura no espectrofotômetro das concentrações finais. Dessa forma foi possível obter os parâmetros do modelo experimental. O modelo de Frendluich foi o que melhor se ajustou aos dados experimentais. Com base na equação deste modelo, a quantidade de perlita a ser utilizada para atender aos requisitos do processo de tratamento de água de lavagem foi estimada para uma empresa que realiza 80 lavagens de veículos por dia. A quantidade de perlita a ser usada para tratar cerca de 21 m³ por dia será de aproximadamente 319 kg perlita por dia. De acordo com os resultados obtidos no método BET, foi possível estimar a à area superficial da perlita em 2,47m².g-1, seu tamanho de poro em 776,36 Å e volume de poros em 1,892.10-3 cm³.g-1, sendo a taxa de adsorção de 0,06459 g.g-1 . Pelo método da termogravimetria foi possível estimar as fases de descomposição térmica da perlita em 90°C a 190°C devido a perda de água e em 310°C a 355°C devido a transformação de fase de algum dos elementos da perlita ou deshidroxilação de estruturas.