A Organização dos Invisíveis: história e Desafios do MNPR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, José Arnaldo Gama da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Serviço Social
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Serviço Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18073
Resumo: Esta dissertação busca debater as possibilidades de organização de setores da classe trabalhadora, os quais se encontram em situação de rua. O debate insere-se no âmbito dos movimentos sociais, como uma das expressões da luta de classes na sociedade do capital. Nesse caminho, experiências mundiais de organização das classes subalternas em situação de rua são importantes, já que o fenômeno do pauperismo é histórico e tem escala global. Em tempos de avanço do neoliberalismo, de um lado, que tem por objetivo a destruição total dos direitos sociais, e de outro, de crise dos instrumentos clássicos de organização da classe trabalhadora, como partidos políticos e sindicatos, lançar a possibilidade de organizar trabalhadores em situação de rua torna-se um desafio ainda maior. No Brasil, a criação do Movimento Nacional da População em Situação de Rua (MNPR), em 2005, foi um passo fundamental nesse sentido. As dificuldades para sua criação e desenvolvimento passam por múltiplos elementos objetivos e subjetivos, relativos à constituição histórica da classe trabalhadora brasileira, marcada pela violência da escravização e pelos preconceitos de amplos setores da sociedade com a população que vive em situação de pauperização, nas ruas das cidades. Nesse quadro, o MNPR, situado no âmbito dos movimentos sociais ligados à reprodução social, constitui-se poderoso instrumento de luta, mostrando, em sua trajetória, até a atualidade, que a unidade de trabalhadores formais e informais é a chave das possibilidades de construção de outra sociedade. A máxima proclamada: “trabalhadores de todo o mundo, uni-vos” nunca deixou de estar na ordem do dia.