A Organização dos Invisíveis: história e Desafios do MNPR
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Serviço Social Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Serviço Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18073 |
Resumo: | Esta dissertação busca debater as possibilidades de organização de setores da classe trabalhadora, os quais se encontram em situação de rua. O debate insere-se no âmbito dos movimentos sociais, como uma das expressões da luta de classes na sociedade do capital. Nesse caminho, experiências mundiais de organização das classes subalternas em situação de rua são importantes, já que o fenômeno do pauperismo é histórico e tem escala global. Em tempos de avanço do neoliberalismo, de um lado, que tem por objetivo a destruição total dos direitos sociais, e de outro, de crise dos instrumentos clássicos de organização da classe trabalhadora, como partidos políticos e sindicatos, lançar a possibilidade de organizar trabalhadores em situação de rua torna-se um desafio ainda maior. No Brasil, a criação do Movimento Nacional da População em Situação de Rua (MNPR), em 2005, foi um passo fundamental nesse sentido. As dificuldades para sua criação e desenvolvimento passam por múltiplos elementos objetivos e subjetivos, relativos à constituição histórica da classe trabalhadora brasileira, marcada pela violência da escravização e pelos preconceitos de amplos setores da sociedade com a população que vive em situação de pauperização, nas ruas das cidades. Nesse quadro, o MNPR, situado no âmbito dos movimentos sociais ligados à reprodução social, constitui-se poderoso instrumento de luta, mostrando, em sua trajetória, até a atualidade, que a unidade de trabalhadores formais e informais é a chave das possibilidades de construção de outra sociedade. A máxima proclamada: “trabalhadores de todo o mundo, uni-vos” nunca deixou de estar na ordem do dia. |