Demandas curriculares em inscrições textuais da Comunidade Disciplinar de Ensino de Biologia: o caso da BNCC
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10518 |
Resumo: | Como uma representação de uma política de centralidade curricular de abrangência nacional, a BNCC tem produzido efeitos nos diversos contextos educacionais, dentre eles os das comunidades disciplinares. Como base no estudo de políticas de currículo em uma perspectiva discursiva, apoiada na abordagem teórico-estratégico da Teoria do Discurso de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe, incorporada ao campo do currículo por Alice Casimiro Lopes e Elizabeth Macedo, tais comunidades são entendidas como participantes da produção da política de currículo. O objetivo deste trabalho é interpretar as demandas disciplinares e curriculares da Comunidade Disciplinar de Ensino de Biologia no contexto da produção da Base Nacional Comum Curricular, considerando que tais demandas articuladas a tantas outras produzem significações para o currículo de Biologia, ao mesmo tempo que significam a própria comunidade de ensino de Biologia no nível médio de ensino. Dialogando com a abordagem do Ciclo Contínuo de Políticas de Stephen Ball e com a teorização de Comunidades Disciplinares de Ivor Goodson, ao mesmo tempo que, questionando algumas de suas conclusões por meio da perspectiva da teoria do discurso, busco trabalhar com a desessencialização da Comunidade Disciplinar de Ensino de Biologia. Defendo que essa comunidade é resultado da articulação de demandas diferenciais atravessadas pelas lógicas da diferença e da equivalência. Tendo em vista esse enfoque, apresento os resultados de uma investigação de demandas disciplinares em um conjunto de 215 artigos e de demandas curriculares em um conjunto de 167 artigos publicados em periódicos especializados que focalizam o currículo de Biologia. Concluo ser possível interpretar a formação de cadeias articulatórias de demandas por um currículo conteudista que se antagonizam frente ao currículo que tem sido realizado nas escolas, ao mesmo tempo que outra cadeia discursiva se forma contra a definição de conteúdos como garantidores da formação de projetos de alunos e professores a priori. Ambas as cadeias disputam a significação da comunidade disciplinar de ensino de Biologia e produzem sentidos para as políticas de Currículo |