Análise da influência de proteínas da matriz extracelular e fibrinogênio na formação de biofilme por cepas de Enterococcus faecalis isoladas de infecção endodôntica primária
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Odontologia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Odontologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14196 |
Resumo: | Enterococcus faecalis é um patógeno oportunista com peculiar potencial para a manutenção da infecção perirradicular endodôntica após o preparo químico-mecânico do sistema de canais radiculares. Adicionalmente, possui aptidão para desenvolver-se em biofilme e apresenta em sua parede celular adesinas compatíveis com substratos colagênicos, como a composição da matriz extracelular da dentina e dos túbulos dentinários. Esse estudo propôs-se a caracterizar geneticamente 23 amostras de E faecalis isoladas de infecções endodônticas primárias através da técnica da reação em cadeia da polimerase (PCR, do inglês Polymerase Chain Reaction) e investigar a influência de COL I (colágeno tipo I), FN (fibronectina) e fibrinogênio (FBG) na formação de biofilme em superfície abiótica. Assim, após a sensibilização de ¾ dos poços de placas de poliestireno estéreis com 50 µl da solução de proteína de matriz (COL I, FN e FBG) na concentração de 1mg/ml, transferiu-se 50µl de suspensão bacteriana (1,5 x 108 bact/mL) correspondente a cada amostra, de modo a preencher tanto os poços sensibilizados como os não sensibilizados. A quantificação da formação de biofilme foi realizada por meio de leitura por densidade óptica, cujos resultados revelaram que houve formação de biofilme por todas as em superfície abiótica, porém com diferentes graus de intensidade. Todas as cepas foram identificadas geneticamente como Enterococcus faecalis e a presença do gene gelE foi dominante. Contudo, nenhuma apresentou amplificação para os genes esp e agg, e, apesar de 73,9% das amostras amplificarem para o gene ace, apenas 2 cepas (P7 e P75) isoladas de infecções endodônticas primárias tiveram aumento de formação de biofilme na presença de COL I (P<0,05). Embora a presença de FBG não forneça subsídio estatisticamente significante para a formação de biofilme, COL I e FN influenciaram na redução da formação do biofilme para a maior parte das amostras. É possível que a capacidade de formação de biofilme inerente ao E. faecalis e a afinidade para FN e COL I através da expressão gênica de ace contribuam substancialmente para a manutenção desse micro-organismo no ambiente radicular mesmo após o tratamento endodôntico minucioso. |