Imakaquitane Warao /A travessia Warao: o processo de acolhimento de indígenas venezuelanos refugiados em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense, Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Sampaio, Carla Soares de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22835
Resumo: Este trabalho tem como objetivo registrar e refletir sobre o processo de acolhimento e atendimento a um grupo de indígenas Warao que se encontram em situação de refúgio no Município de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense do Rio de Janeiro entre o ano de 2020 e 2023. Realizamos a pesquisa em diferentes etapas, a saber: revisão de literatura; visitas de campo com observações e conversas com as famílias Warao acolhidas no município; além de observação participativa nos encontros realizadas pelo Grupo de Trabalho Intersetorial da Rede Municipal de Nova Iguaçu, criado para dar suporte ao atendimento específico do grupo Warao. Escolhemos a metodologia da conversa (Moura e Lima, 2014) por ser participativa e qualitativa, possibilitando pesquisar o cotidiano de forma a nos aproximar dos sujeitos, criando vínculos de amizade e parceria com eles. Nosso referencial teórico tem como base os estudos culturais com Hall (2003 e 2005), bem como a perspectiva intercultural crítica e decolonial (Walsh, 2019) e interseccional (Collins e Bilge, 2021). Dados da pesquisa apontaram a necessidade de políticas públicas, também no âmbito municipal, que orientassem e responsabilizassem diferentes setores da gestão pública para a garantia de direitos da população em situação de refúgio, sobretudo aqueles que se reconhecem a partir da identidade indígena. Também percebemos a necessidade da reformulação de concepções a partir de uma posição de maior sensibilidade, escuta e construção de estratégias que valorizem a participação ativa dos sujeitos envolvidos no acolhimento de modo a criar rotinas e procedimentos que respeitem as diferenças culturais e linguísticas.