Fórum Social Mundial da Saúde: desafios e contribuições para a luta pela saúde no Brasil
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Serviço Social BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Serviço Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15894 |
Resumo: | Esta tese teve como objetivo central analisar o potencial de contribuição do Fórum Social Mundial da Saúde (FSMS) na luta pela saúde durante o governo do PT no Brasil, tendo como foco principal os dois mandatos do presidente Lula. O FSMS constitui um desdobramento do Fórum Social Mundial (FSM), o qual surgiu no início do século XXI, a partir da globalização dos movimentos sociais e dos protestos antiglobalização, e teve como intuito articular a resistência à mundialização do capital. Apesar de estar atualmente num momento de refluxo, o Fórum constituiu um momento importante do ciclo recente de lutas da esquerda na América Latina e no Brasil, tendo contribuído para a conjunção de forças políticas que levaram à eleição de Lula e do Partido dos Trabalhadores à presidência da República, em 2002. Não obstante a ausência de análises sobre o FSMS, a mundialização é uma dimensão importante da luta pela saúde, visto que as agências e acordos internacionais exercem uma influência determinante sobre as políticas do setor. Partindo do referencial teórico-metodológico do materialismo histórico dialético e lançando mão da pesquisa bibliográfica sobre a temática, utilizou-se da pesquisa documental como instrumento de coleta de dados, através do qual buscou-se identificar o perfil das entidades que estiveram à frente do processo, propostas e desdobramentos do FSMS. Com protagonismo das entidades brasileiras, identificou-se a convergência entre as entidades que participaram da retomada do projeto da reforma sanitária no primeiro mandato do governo Lula e as que estiveram à frente do FSMS. Identificou-se também uma relação de diálogo e proximidade entre aquele governo e o FSMS, a qual não se traduziu na implementação das propostas do Fórum que se chocavam com os interesses do projeto privatista para a saúde. Apesar da contrariedade do FSMS, principalmente a partir da Edição de Belém do Pará, em 2009, com questionamentos aos novos modelos de gestão da saúde, estes ocupam o centro das prioridades do governo do PT. O Fórum Social Mundial da Saúde desdobrou-se na luta em favor da Seguridade Social e contribuiu para a construção de uma agenda estratégica de luta para a área. Esta impõe entretanto, a necessidade de pensar estratégias que promovam a incorporação dos segmentos populares e uma maior capilaridade para suas propostas e encaminhamentos. |