Influência do paleorelevo na segmentação da Plataforma Carbonática Albiana, localizada no Alto de Badejo ao sul da Bacia de Campos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Felipe, Vitor Eustáquio Silveira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Geologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Análise de Bacias e Faixas Móveis
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7147
Resumo: Controladas por trapas mistas, as acumulações de hidrocarbonetos da plataforma carbonática de águas rasas do Alto de Badejo na porção sul da Bacia de Campos, possuem histórico de mais de 30 anos de produção. Embora sejam bem conhecidas em termos de fácies e de propriedades permoporosas, essas acumulações ainda são emblemáticas quanto ao seu controle estrutural. Uma questão fundamental reside na influência do embasamento passivo abaixo do sal na fragmentação da plataforma e quanto desse processo pode ainda estar registrado no arcabouço estrutural e na estruturação interna em campos petrolíferos. A investigação destes campos, localizados sobre um relevo na base do sal, conformados em degraus herdados do embasamento e com uma inflexão estrutural de direção N-S variando para NESW, mostra um sistema de falhas que reflete o processo de fragmentação da plataforma carbonática num estágio estacionário pós deslizamento gravitacional influenciado pela geometria da base do sal. Essa constatação foi alcançada por meio do mapeamento sísmico 3D, integrado com dados de poços (perfis elétricos e testemunho), atributos sísmicos, reconstituições de seções geológicas e de mapas palinspáticos do topo da plataforma carbonática. Foi identificada uma clara associação entre os degraus do embasamento e o padrão de falhas geradas que segmentam a plataforma carbonática em dois diferentes padrões de deslocamento horizontais: um aproximadamente paralelo, com influência de um anteparo estrutural na parte sul da área, gerando falhas normais planares de direção predominantemente NW-SE e outro com aspecto divergente, influenciado pela geometria convexa do embasamento, marcado por falhas lístricas radiais e divergentes, de direção N-S e NNW-SSE. Os maiores estiramentos horizontais medidos nas seções reconstituídas foram de 7%, acumulados predominantemente pelas falhas lístricas na parte leste da área. Ao norte da área, o efeito do degrau do embasamento foi menor, representado pelos menores valores de estiramento. Esse comportamento é sintomático do maior grau de acoplamento entre os sedimentos acima do sal e aqueles relacionados à fase de subsidência termal da bacia nesta porção da área. Analisando a deformação desde a idade Aptiana até o Recente, percebe-se um pico de estiramento no intervalo de idade Cenomaniano - Neoalbiano, que pode estar associado a um provável basculamento da bacia para E-SE. No final do Cretáceo houve uma redução na quantidade de estiramento horizontal, atingindo valores próximos de zero desde o Paleógeno. Essa tectônica raft, controlou fortemente a deposição das sequências mesoalbianas que contêm os intervalos deposicionais das principais fácies sedimentares dos campos petrolíferos desta porção da Bacia de Campos. Os deslizamentos gravitacionais continuaram até o intervalo Cenomaniano - Neoalbiano, com o preenchimento de grabens e calhas controladas por falhas lístricas