Cultura da crise e ofensiva ideológica burguesa no Brasil do tempo presente
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Serviço Social Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Serviço Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23689 |
Resumo: | Esta tese tomou como objetivo apreender o movimento da ofensiva ideológica burguesa contra a classe trabalhadora, a partir das contratendências operadas pelo capital em resposta à sua crise, no Brasil do tempo presente. Partiu-se da hipótese de que o golpe de 2016 se constituiu em um momento de aceleração brusca das condições necessárias à implementação intransigente do ajuste fiscal permanente, com a reprogramação da cultura da crise incidindo na consciência da classe trabalhadora a partir dos aparelhos privados de hegemonia que realizam a manipulação do medo e a difusão de um “terrorismo econômico”, a fim de garantir a restauração da hegemonia burguesa. Sustentada no método de Marx, foi realizada uma pesquisa de caráter bibliográfico para embasar nossas análises sobre a ofensiva ideológica burguesa na vida cotidiana de nossa classe. A categoria cultura da crise, objeto de estudo da professora Ana Elizabete Mota, foi tomada como central para entender o “espírito do tempo” do Brasil atual. Como recorte metodológico, optamos por focar em dois aparelhos privados de hegemonia, apontados por Gramsci entre os principais: a mídia e as igrejas, além disso, estudamos o papel de intelectuais orgânicos da burguesia na formulação dessa cultura da crise. De nossa análise, identificamos que esses três são difusores de uma ofensiva ideológica contra a classe trabalhadora que busca cimentar o consenso e propalar o “terrorismo econômico”, o “terrorismo de Estado”, e taticamente travar uma “guerra psicológica” que enfraquece nosso polo na luta de classes. No primeiro capítulo, fizemos uma breve incursão sobre o processo de formação sociohistórica brasileira, de onde se firmam as raízes que erguem as relações de classe e os elementos do processo de constituição da hegemonia burguesa no tempo presente, dos quais destacamos a violência e o racismo. No segundo capítulo, trouxemos o medo como elemento constituinte da cultura da crise, que infllui diretamente na estratégia de incidência dos aparelhos privados de hegemonia na consciência, afetando a cotidianidade da vida das classes. No terceiro e último capítulo, trouxemos as expressões concretas da ofensiva ideológica burguesa, em que o “espírito do tempo” se manifesta na materialidade das relações entre Estado e classes sociais. Assim, acreditamos que se confirma a tese de Ana Elizabete Mota, da existência de uma cultura da crise, mas que foi reprogramada no tempo presente, a partir dos aparelhos privados de hegemonia que realizam a manipulação do medo e a difusão de um “terrorismo econômico”, a fim de garantir a restauração da hegemonia burguesa no cenário de crise mundial do capital, caracterizada pela autora como uma crise orgânica. |