Professoras negras e educação das relações étnico-raciais na cidade do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Matos, Stefany Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19587
Resumo: O presente trabalho visa analisar, através de pesquisa de revisão bibliográfica e análise de edital, a presença de mulheres negras professoras na cidade do Rio de Janeiro e suas atuações na luta para uma educação para as relações étnico-raciais. Entendemos que em nosso país se estabeleceu opressões de raça e gênero que influenciou diretamente na vida de mulheres negras e no modo como elas se relacionam com essa sociedade. Se tratando do exercício do magistério, que em geral apresenta-se como um trabalho majoritariamente feminino na Educação Básica, considera que a presença de mulheres negras é resultado de uma luta constante, assim como também uma possibilidade de melhores condições sociais. A presença dessas mulheres negras nesses espaços é um elemento de resistência e de novas possibilidades para olhar a educação. Sendo assim, para esse estudo elencamos os seguintes objetivos específicos: discutir a interseção de raça, gênero e classes na vida de mulheres negras e o acesso a carreira do magistério; considerar a implementação da reserva de vagas em concurso público, lançando luzes sobre o cargo de magistério na cidade do Rio de Janeiro; e por fim analisar a atuação das professoras negras na luta para uma educação para as relações étnico-raciais nas escolas da cidade do Rio de Janeiro. Estabelecemos como suporte metodológico: Faria (2016) e Melo e Resende (2018) para compreender a relevância das ações afirmativas e a implementação da política de cotas; Akontirene (2016), Davis (2016), Hooks (2018), para analisar a presença das mulheres negras na sociedade; Machado (2007), Oliveira (2007), Silva (2015), Freitas (2017), para discutir a presença de presença de professoras negras no magistério; Araújo (2021), Gomes (2013), Munanga (2005) e para discutir a implementação da Lei 10.639/2003. Trabalhamos com a hipótese de que a presença dessas professoras auxilia para um novo olhar sobre as práticas pedagógicas nas escolas cariocas, sendo capaz de produzir ações institucionais de combate ao racismo. Ao final dessa pesquisa aprendemos como as professoras negras conseguiram se mobilizar em suas ações e promover uma perspectiva de educação para as relações étnico-raciais que envolvesse toda a cidade do Rio de janeiro.