O preço do óleo: terceirização, precarização e vivência do tempo no trabalho offshore
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Serviço Social Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Serviço Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22184 |
Resumo: | A pesquisa apresentada aqui foi realizada objetivando compreender como as mudanças contemporâneas nas relações de produção, em especial a terceirização, vêm reconfigurando a precarização e como isto se materializa nas condições de trabalho e vida e nas formas de organização coletiva dos trabalhadores do setor de perfuração da Petrobras de Macaé. Foi realizada entrevista semiestruturada, com 15 trabalhadores: 11 terceirizados e 4 primeirizados. Trabalhadores efetivos e terceirizados do setor de perfuração da Petrobras vivenciam em seu cotidiano de trabalho relações típicas desta reestruturação produtiva: intensificação do trabalho, insegurança por tratar-se de um trabalho perigoso, precarização das condições e relações de trabalho. No entanto, os trabalhadores terceirizados experimentam estas transformações de forma muito mais intensa que os trabalhadores contratados de modo direto, pois lidam ainda com a insegurança do vínculo. Nossa tese é a de que a terceirização na Petrobras é uma forma de inserção da companhia na divisão internacional do trabalho, no novo padrão de concorrência trazido pela financeirização, bem como no benefício de grupos financeiros nacionais e internacionais. Esta inserção leva à necessidade de “modernizar” a produção, potencializar a exploração e a acumulação, tendo como principal ferramenta a terceirização. Este e outros “modernos” mecanismos de gestão só são possíveis de serem implementados pela quebra da capacidade de mobilização dos trabalhadores, conseguida pela instauração generalizada da insegurança e da precarização. É uma estratégia de destaque para a recomposição da taxa de lucro e de inserção da Petrobras na divisão internacional do trabalho e no novo padrão de concorrência trazido pela financeirização. |