Entre o tiro, porrada e bomba policial e a armadura policialesca : a banalização da violência na era técnica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Fraga, Paula Peixoto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15433
Resumo: Neste trabalho, foi realizada uma discussão, por meio de revisão bibliográfica, acerca da condição do mal das práticas violentas recorrentes da polícia militar fluminense. Investigaram-se, assim, acontecimentos históricos dessa corporação, no que tange ao tema da violência policial, a fim de que os sentidos dessas ações violadoras fossem questionados. Por meio de um caminho de pensamento, que estabelece a filosofia heideggeriana, esta dissertação procurou meditar sobre os sentidos encontrados para essa violência policial poder e controle de forma a considerar sua dimensão epocal. Isso significou descontruir uma visada naturalizante acerca desse mal policial como condição pertencente a perversões ou descontrole emocional , buscando no próprio solo histórico práticas biopolíticas e era da técnica o modo em que se encontram as orientações compartilhadas entre humanos na atualidade. A biopolítica foucaultiana permitiu considerar as políticas atuais para a vida, em que uma tanatopolítica é contrapartida necessária na formação de sociedades de segurança, que tonalizam o controle com uma atmosfera bem vinda aos humanos. A época técnica amplia tal horizonte a uma dimensão epocal, na qual a própria forma como o existir atual se abre a mundo destina-se a uma automatização e uma exploração do acontecimento existencial. É, então, a partir desses diagnósticos críticos acerca do presente, que se pôde considerar o mal da violência policial fluminense na qualidade de uma fazeção , pertencente a um mundo mortificado na possibilidade de colocar em crise seus próprios fundamentos. Isso significa uma perda corrente da possibilidade de alteridade e responsabilizações pessoais, oferecendo à ação violadora uma condição banal, tal qual ensina a lição arendtiana. Pensa-se, por fim, como o mal advindo de tempos de banalização da violência pode ser questionado, considerando as próprias práticas psis