Corpos de luz: afetos da imagem ubíqua
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Comunicação Social BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Comunicação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8851 |
Resumo: | Por que não basta mais estar na ordinariedade off-line do aqui-agora? Partindo da premissa de que há nas atuais práticas de mediação algo que escapa ao simples cooptar mercadológico da subjetividade, veremos no ato de ininterruptamente tocar telas a busca por um desejo comum às práticas da meditação: o desejo de ilimitado, ou de iluminação. Para tal, o presente estudo visa investigar tal desejo cruzando mediação e meditação a partir do seguinte problema de pesquisa: como o desejo de onipresença vem produzindo modos de expansão do substrato biológico? . Investigaremos tal questão a partir de uma tríade metodológica que teoricamente alia uma arqueologia dos meios (PARIKKA, 2012) à experiência (FOUCAULT, 2011a) prática de uma etnografia sensorial (PINK, 2009) organizada formalmente através de um jogo vampyrotheutico (FLUSSER & BEC, 2011) de analogias que se complementam tal qual um espelho invertido (BERNARDO, 2011), materializando aquilo que Flusser urgia por uma fenomenologia do corpo (FLUSSER, 1974). Conceitualmente, entenderemos mediação e meditação enquanto modalidades de expansão operacionalizadas a partir da noção de antropotecnia, ou seja, técnicas pelas quais as comunidades da espécie humana e os indivíduos que as compõem agem sobre sua própria natureza animal com o intuito de guiar, expandir, modificar ou domesticar seu substrato biológico (ROMANDINI, 2012, p. 9). Neste percurso, organizaremos o trajeto de pesquisa em três capítulos: 1) mediação, 2) meditação e 3) medi(t)ação. No primeiro, sistematizaremos o desejo de onipresença a partir de uma arqueologia material da tela dividida em três etapas: telas e choques; telas e pontos; e telas e ondas. No segundo, sistematizaremos o desejo de ilimitado mediado não mais pela tela de smartphones, mas sim pelas sete telas internas da mente (ÁNANDAMÚRTI, 2005) a partir de uma arqueologia material da mente dividida em três etapas: mente e ondas; mente e ponto; e mente e choque. Por fim, na última fase intitulada medi(t)ação , investigaremos o encontro entre mediação e meditação, mente e tela (PEPPERELL, 2006) a partir de uma economia geral da luz que visa reprogramar os afetos de modo a fazer do corpo um corpo de luz tal qual o modelo do corpo ressurreto de Cristo (ROMANDINI, 2012). Esperamos que o traçado desta longa e descontínua caminhada de quatro anos possa dar visibilidade aos limites em jogo no tão humano desejo de querer ser mais que o corpo |