Contribuição do teste de lavagem de nitrogênio e da volumetria de vias aéreas em pacientes com esclerose sistêmica
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8523 |
Resumo: | Esclerose sistêmica (ES) é uma doença crônica de caraterísticas heterogêneas que pode acometer a pele e outros órgãos. Sua fisiopatologia envolve: disfunção dos fibroblastos com consequente fibrose, vasculopatia que leva à hipóxia tecidual e resposta imune alterada com disfunção de linfócitos B e T e produção de autoanticorpos. As manifestações clínicas são diversas, estando o sistema respiratório dentre os mais acometidos, sendo a doença intersticial pulmonar, a principal causa de morbidade e mortalidade. A quase totalidade dos estudos se detém à análise do parênquima pulmonar e pouco se sabe sobre o acometimento das vias aéreas na ES. O objetivo geral deste estudo foi identificar possíveis alterações morfológicas e funcionais nas vias aéreas inferiores através da TC e TLN em pacientes com ES. Os objetivos específicos foram: correlacionar os achados do TLN com outros parâmetros de função pulmonar; determinar o acometimento das vias aéreas inferiores; comparar valores da volumetria de vias aéreas dos pacientes ES com um grupo controle; descrever as alterações traqueais observadas na volumetria de vias aéreas, correlacionando com dados clínicos e parâmetros dos testes de função pulmonar (TFP). Foram realizados dois estudos transversais, em pacientes com ES. Estes pacientes realizaram TC e os seguintes TFP: espirometria, pletismografia de corpo inteiro, capacidade de difusão ao monóxido de carbono (DLCO), força muscular respiratória e teste de lavagem de nitrogênio (TLN). As imagens da TC foram importadas e analisadas, utilizando-se a plataforma MatLab para posterior realização da esqueletonização e volumetria das vias aéreas inferiores. O primeiro estudo envolveu 52 pacientes com ES, que foram submetidos aos TFP e à análise subjetiva da TC de tórax. Os pacientes foram divididos em dois grupos conforme o valor de capacidade vital forçada (CVF) maior ou menor que 70% do predito. Houve diferença estatisticamente significativa nas médias de CVF, volume expiratório forçado em 1 segundo (VEF1), VEF1/CVF, DLCO, capacidade pulmonar total (CPT), volume residual (VR), relação VR/CPT, inclinação de fase III e relação volume de fechamento/capacidade vital (VF/CV). Foi encontrada associação com significância estatística entre inclinação de fase III e as seguintes variáveis: CVF, VEF1, VEF1/CVF, DLCO, CPT, VR, VR/CPT. A razão VF/CV se correlacionou com CVF, VEF1, VEF1/CVF, CPT, VR/CPT e condutância específica de vias aéreas (SGva). O segundo estudo envolveu 28 pacientes com ES e 27 indivíduos controles. O estudo buscou identificar alterações morfológicas na traqueia de pacientes com ES através da técnica de volumetria de vias aéreas em imagens de TC. O grupo ES apresentou maiores valores de área, excentricidade, maior e menor diâmetros e sinuosidade. A área e diâmetro equivalente tiveram correlação negativa com a relação do fluxo expiratório forçado/fluxo inspiratório forçado em 50% da CVF (FEF50%/FIF50%). A sinuosidade da traqueia se correlacionou negativamente com o pico de fluxo expiratório (r=-0,51, p=0,008). Como conclusões, os pacientes com ES apresentam alterações funcionais e morfológicas das vias aéreas, que se expressam em exames de imagem e nos TFPs, havendo importantes relações entre estrutura e função nesses indivíduos. Assim, torna-se fundamental incorporar a avaliação das vias aéreas no acompanhamento dessa população de pacientes. |