A loucura lúcida: o estatuto estrutural da mania e da melancolia na clínica psicanalítica
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Psicanálise |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14561 |
Resumo: | Nossa proposta nesta tese é delimitar, no terreno da psicanálise lacaniana, o que caracteriza e especifica o fenômeno maníaco, bem como a depressão que frequentemente a este se alterna ciclicamente, tanto em seus momentos de crise quanto, e principalmente, nos momentos de intervalo lúcido entre estas crises. Situamos também o papel do tratamento psicanalítico nas crises, em sua recorrência e no período entre-surtos. A pesquisa de doutorado visa destacar o estatuto estrutural da mania e da melancolia em Freud e em Lacan e sua inclusão no campo das psicoses, e o que a especifica dentre estas. Realizamos esta tarefa, atravessando a obra de Freud e de Lacan, nos pontos em que estes se dedicaram ao tema. Recorremos a cinco autores contemporâneos (M.C. Lambotte, G. A. Ross, A. Quinet, M.A. Vieira, E. Laurent e C. Soller) que foram os que trouxeram maior elucidação à condição da PMD como decorrente do mecanismo de foraclusão. Nossa pesquisa visou solucionar o enigma dos intervalos lúcidos da PMD como sendo decorrentes de uma amarração precária não borromeana que se sustentam de um simulacro de Ideal. Postulamos que nos surtos tal arranjo se rompe, fazendo de real, simbólico e imaginário um contínuo, passível de se rearranjar no fim do surto. Defendemos ainda que o trabalho analítico permite que, através da utilização de uma sutura como suplência, o sujeito se estabilize via um falso nó de trevo, consertado no ponto entre simbólico e imaginário utilizando um S2 de prótese como quarto nó. Nossa demonstração se dá através de um estudo de caso clínico, atendido ao longo de 10 anos em um Centro de Atenção Psicossocial, no qual defendemos que se pode sustentar uma experiência rigorosa do dispositivo analítico |