O corpo do sujeito: escuta sensível na clínica psicanalítica
Ano de defesa: | 2006 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Psicanálise |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14696 |
Resumo: | O objetivo desta dissertação é buscar o estatuto positivo do corpo na psicanálise, visando potencializar a escuta clínica, a partir dos conceitos postulados por Freud e Lacan. Partimos do conceito de pulsão, situada desde cedo por Freud como entre o anímico e o físico - em articulação com os três registros postulados por Lacan real, simbólico e imaginário. Tecemos diferenciações nas estruturas clínica (neurose e psicose) e nos servimos de casos da literatura para ao longo do estudo. Discorremos, inicialmente, sobre a imagem do corpo, apreendida no enlaçamento dos três registros, considerando os primeiros textos de Lacan . Revemos os casos de histeria em Freud, que puderam lhe demonstrar e comprovar que o corpo anatomo-fisiológico não corresponde ao corpo da psicanálise. Assim, nos aproximamos da concepção lacaniana segundo a qual o corpo é fundado pelo desejo do Outro. Tratamos, a seguir, da constituição da imagem do corpo, em sua relação com o real, apresentada a partir da concepção de objeto a. Para ilustrarmos esta discussão, nos valemos de um conto de Guy de Maupassant. Discorremos sobre a fundamental distinção entre corpo e organismo, e procuramos articulações entre os tres registros (simbólico, real e imaginário) que pautam a teoria lacaniana, e o eu corporal de que trata Freud no texto O eu e o isso . Por fim, apresentamos dois casos clínicos para melhor articulação entre teoria e clínica. No primeiro caso, trata-se de um caso diagnosticado como neurose, em que o corpo se revela cotidianamente depositário de dores e sofrimentos, através das queixas do paciente; o segundo caso é uma releitura do caso de uma criança autista atendida por Bruno Bettelheim, um corpo que pode nos ensinar sobre as relações do psicótico com o Outro. Nossa conclusão aponta a importância do analista se manter sensível ao lugar do corpo, que comparece através do significante, e somente se constrói a partir da história singular de cada sujeito. A diferenciação das estruturas clinicas se faz importante, porque cada estrutura determinará um modo de construção e relação do sujeito com seu corpo próprio |