Sentindo-se responsabilizada: a decisão da mulher sobre o uso de métodos contraceptivos e aborto inseguro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pereira, Bruna de Paula
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18680
Resumo: Trata-se de uma pesquisa descritiva, interpretativa, com abordagem qualitativa, utilizou-se da Grounded Theory, na perspectiva do Interacionismo Simbólico. Os objetivos do estudo foram identificar os significados de métodos contraceptivos e de prevenção de aborto inseguro atribuído por mulheres, e analisar a interação social de mulheres com o uso de métodos contraceptivos como estratégia de prevenção do aborto inseguro, a partir dos significados por elas atribuídos. O estudo foi realizado em uma primeira fase através de diários eletrônicos e posteriormente com o desenvolvimento de grupos focais presenciais. Participaram 23 mulheres na faixa etária de 18 a 29 anos, subdivididas em três grupos amostrais. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, sob o parecer n° 3.450.251. A coleta e análise dos dados aconteceram no período de agosto a dezembro de 2019. Da análise comparativa constante dos dados emergiram três categorias que, em sua articulação, levaram à identificação da categoria central que norteia o modelo teórico explicativo como sendo: Sentindo-se responsabilizada: a decisão de submeter-se ao uso de métodos contraceptivos e aborto inseguro. Evidenciou-se que ao darem sentido aos métodos contraceptivos e a prevenção de aborto inseguro, as mulheres mostram que se sentem responsabilizadas, contudo, não possuem acesso à informação sobre os métodos contraceptivos, aceitando, assim, os métodos oferecidos pelos profissionais de saúde. Nesse sentido, elas também se sentem responsabilizadas pela prática do aborto inseguro, decorrente de uma gestação indesejada devido à falha e/ou não acesso aos métodos contraceptivos. Com isso, conclui-se que é necessário garantir às mulheres informações e tecnologias para o exercício de suas escolhas reprodutivas, além de envolver o homem no processo reprodutivo e reduzir as desigualdades de gênero para, assim, minimizar a culpa e responsabilização imposta às mulheres.