Perdoar o imperdoável: uma leitura do perdão a partir da desconstrução derridiana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Soares, Victor Dias Maia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17030
Resumo: As cenas de exigência e de determinação do perdão foram percebidas tradicionalmente como a marca de uma representação atual daquilo que passou, isto é, como um passado que não passa. Nessa perspectiva, ainda que a memória seja um operador indissociável de qualquer noção de perdão possível, o esquecimento se revela também como uma força constitutiva do horizonte de apreciação e perspectivação do perdão. Além disso, no interior dessa problemática há um enigma incontornável, referente à força capaz de trazer à tona a paralisia existencial do sujeito que comete uma falta. Diante de um mal cometido, o indivíduo reorienta sua representação do passado, visando encontrar uma expressão particular apropriada de seu desvio e, no mais íntimo, imprimir à sua memória uma síntese apaziguadora. Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo principal expor, a partir do idioma filosófico da desconstrução, que encontra em Jacques Derrida seus ecos mais profícuos, as relações verificadas entre o perdão e o imperdoável, buscando notar aí algumas das questões que lhes são subjacentes. Assim, marcado historicamente por inúmeros modos de abordagem, por diversos vocabulários e tentativas de apropriação, por um sem-número de inscrições éticas, jurídicas, políticas e religiosas, o perdão foi tomado aqui como uma noção nomeadamente frágil, cujo caráter aporético e oblíquo terá dado a tônica de um debate que transpõe uma simples questão de sentido.