Perdoar o imperdoável: uma leitura do perdão a partir da desconstrução derridiana
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Filosofia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17030 |
Resumo: | As cenas de exigência e de determinação do perdão foram percebidas tradicionalmente como a marca de uma representação atual daquilo que passou, isto é, como um passado que não passa. Nessa perspectiva, ainda que a memória seja um operador indissociável de qualquer noção de perdão possível, o esquecimento se revela também como uma força constitutiva do horizonte de apreciação e perspectivação do perdão. Além disso, no interior dessa problemática há um enigma incontornável, referente à força capaz de trazer à tona a paralisia existencial do sujeito que comete uma falta. Diante de um mal cometido, o indivíduo reorienta sua representação do passado, visando encontrar uma expressão particular apropriada de seu desvio e, no mais íntimo, imprimir à sua memória uma síntese apaziguadora. Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo principal expor, a partir do idioma filosófico da desconstrução, que encontra em Jacques Derrida seus ecos mais profícuos, as relações verificadas entre o perdão e o imperdoável, buscando notar aí algumas das questões que lhes são subjacentes. Assim, marcado historicamente por inúmeros modos de abordagem, por diversos vocabulários e tentativas de apropriação, por um sem-número de inscrições éticas, jurídicas, políticas e religiosas, o perdão foi tomado aqui como uma noção nomeadamente frágil, cujo caráter aporético e oblíquo terá dado a tônica de um debate que transpõe uma simples questão de sentido. |