A herança em questão: considerações a partir do pensamento derridiano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Fontoura, Nathan Braga
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18302
Resumo: O presente trabalho tem como proposta repensar a noção de herança a partir do chamado pensamento da desconstrução de Jacques Derrida. O texto aqui apresentado desenvolve-se segundo três etapas: 1. Primeiramente, discute a relação da desconstrução com aquilo que convencionou-se chamar de “tradição filosófica”, a fim de marcar a importância da herança como problema filosófico desde os primeiros textos de Derrida; 2. Em momento posterior, discutimos aspectos conceituais concernentes à herança, a saber, seus sentidos e suas aplicações, aproximando-a do léxico derridiano para que possamos repensá-la de uma maneira outra – ou seja, diferencialmente. Para esse propósito, convocamos alguns quase-conceitos que atravessam a obra de Derrida como différance, iterabilidade, rastro etc.; 3. Por último, introduz-se a herança enquanto uma questão incontornável no campo do pensamento em geral. A partir de alguns textos tardios de Derrida, nos quais a noção de herança é aplicada e/ou evocada, buscamos enfatizar o seu papel enquanto uma ação, uma atividade, uma contraditória tarefa que exige escolha, filtragem, seleção etc. diante do que, a priori, não se escolheu receber. Deste trabalho, concluímos que a reflexão em torno da herança não é alguma coisa definitivamente terminada, que observaria somente o passado em sua forma simples, mas uma fundamental responsabilidade que não possui fim previsto e deve ser refeita, a cada vez, em favor e em nome de modalidades múltiplas – novas, outras – de reinvenção da existência.