Ser pai, estar preso: vivências e sentidos da paternidade em presídios cariocas
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17640 |
Resumo: | Esta pesquisa teve como objetivo cartografar os significados e experiências relacionados à paternidade de homens privados de liberdade. A pesquisa se desdobrou também sobre outros temas, especialmente os seguintes: a discussão teórica sobre a(s) criminologia(s) e sua interlocução com questões de gênero; a relação de familiares de pessoas presas com a instituição prisional; o advento da pandemia do coronavírus e a intensificação das políticas de morte que já operavam no sistema prisional brasileiro. Como uma pesquisa-intervenção baseada nos conceitos deleuzianos de acontecimento, dobra, diferença e repetição, são narrados os encontros com agentes penitenciários e homens privados de liberdade desde antes do início formal desta pesquisa, onde os temas da paternidade e da família foram abordados em determinados momentos. Em seguida, são abordados as visitas feitas a uma unidade prisional no complexo de Gericinó, no Rio de Janeiro, já durante o curso de mestrado, onde foi realizada uma entrevista com um homem privado de liberdade que possui filhos/as. Após o início da pandemia, outra entrevista online foi realizada com um egresso do sistema prisional, aqui chamado de sobrevivente do cárcere, que já possuía filhos/as quando esteve preso. As entrevistas, os atravessamentos da pandemia e as dinâmicas de gênero presentes no contato com agentes penitenciários, pessoas privadas de liberdade e sobreviventes do cárcere são abordados neste trabalho a partir do jogo de afetações, intensidades e implicações. Por fim, trazemos algumas das dobras da paternidade da forma como ela é vivida pelos homens entrevistados nesta pesquisa, onde se agenciam as relações de cuidado, os significados sobre a paternidade e os efeitos dos processos de criminalização sobre essa relação. Para além do apagamento institucional da condição parental dos sobreviventes do cárcere e da estigmatização imposta a esta população, esta pesquisa busca cartografar suas formas de vivenciar a parentalidade e as relações familiares. |