Avaliação dos efeitos do treinamento físico sobre marcadores bioquímicos em mulheres com fibromialgia
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Educação Física e Desporto BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências do Exercício e do Esporte |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8240 |
Resumo: | A fibromialgia (FM) é uma síndrome caracterizada por dor musculoesquelética crônica associada a diversos sintomas, afetando principalmente as mulheres. O tratamento requer uma abordagem farmacológica e não farmacológica, sendo o exercício físico o mais indicado nos últimos anos. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento dos marcadores bioquímicos presentes na saliva que sejam sensíveis ao treinamento físico instituído como terapia não farmacológica em mulheres com FM. Vinte e três mulheres com FM, dezesseis sedentárias e sete treinadas oriundas do Projeto de Tratamento Interdisciplinar para Pacientes com Fibromialgia do Laboratório de Fisiologia aplicada à Educação Física, participaram do estudo. O estudo foi dividido em três experimentos, no primeiro, nós avaliamos as mulheres sedentárias antes e dois meses após o treinamento físico. Foi observado uma redução significativa na circunferência abdominal (CA) e benefícios nos níveis de ansiedade e depressão, e na flexibilidade após dois meses de treinamento. Porém não houve diferença significativa nos níveis de GSH, TBARs e na capacidade antioxidante total (CAOT) na saliva. Houve correlação positiva entre a Escala Visual Analógica e o nível de depressão (r=0,87; p=0,0049), a CA e a Massa Corporal Total (r=0,86; p=0,0066), a CA e a Circunferência de cintura (r=0,83; p=0,0109) e entre a CA e o IMC (r=0,82; p=0,0121). No segundo experimento nós comparamos às mulheres sedentárias com as que treinavam a mais de 6 meses, não houve diferença significativa na composição corporal, flexibilidade e nos níveis de proteínas totais, triglicerídeos, GSH e TBARS na saliva. Porém, os níveis de ácido úrico foram menores (-24%; p<0,05) e a CAOT foi menor (-11%; p<0,05) nas treinadas. Houve correlação positiva entre TBARs e COAT (r=0,87; p=0,0115) nas treinadas, correlação negativa entre CAOT e ácido úrico nas sedentárias (r=-0,90; p=0,0020) e treinadas (r=-0,80; p=0,0316). No terceiro experimento nós avaliamos o estado redox das mulheres treinadas após um teste físico agudo, os níveis de GSH foram maiores (+19,5%; p<0,05) após o teste físico, enquanto que os níveis de TBARs e CAOT não se alteraram. Houve correlação positiva entre GSH e TBARs (r=0,90; p=0,0143). Portanto, houve benefício nos parâmetros mentais, flexibilidade e redução da CA após dois meses de treinamento, sendo que a saliva foi sensível às alterações induzidas pelo treinamento físico em mulheres com FM. Assim, a menor concentração de ácido úrico salivar mulheres nas treinadas parece ser devido ao fato de que o ácido úrico, que é um potente antioxidante, reagir com espécies reativas de oxigênio / nitrogênio (RONs), promovendo a manutenção dos níveis de TBARs e GSH, justificando assim sua correlação direta com a CAOT. E finalmente, o aumento nos níveis de GSH após o teste físico agudo nas mulheres treinadas e junto com sua correlação direta com o TBARs, sugere melhor defesa antioxidante |