Entre a utopia e a distopia: o capitalismo de vigilância e suas consequências na democracia
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18077 |
Resumo: | As tecnologias de informação avançaram a passos largos em apenas algumas décadas e causaram profundos impactos nos veículos de mídia, nas relações pessoais, sociais e políticas. Além disso, geraram uma transformação nas dinâmicas do sistema internacional, na medida em que as recentes inovações tecnológicas foram gradualmente se democratizando e tornando o seu acesso mais viável, proporcionando a atores que praticamente não possuíam voz a gerarem repercussão em termos políticos. O avanço não veio sem prejuízo, na medida em que um novo método de acumulação de capital vem sendo implementado pelas corporações, que capitaneiam essas inovações tecnológicas. As grandes empresas do capitalismo mudaram de figura. Atualmente as grandes empresas transnacionais de tecnologia, também conhecidas como big techs, ocupam o espaço que já foi de instituições financeiras, montadoras de veículos e petroleiras, com uma agência considerável no sistema internacional. Em troca do uso dos serviços pelos usuários, as corporações constroem um banco de dados com as preferências destes, compondo assim o chamado capitalismo de vigilância. Diante de tais mudanças a pesquisa pretende analisar, pensar e destrinchar, à luz do recente debate acadêmico sobre o tema, a formação e estabilização do capitalismo de vigilância e dos impérios das big techs através dos exemplos do Google e do Facebook, bem como as suas implicações sobre as instituições da democracia se valendo de exemplos concretos para ilustrar essas interrelações. O objetivo é entender os diferentes efeitos que as empresas, enquanto atores transnacionais causam na democracia e nas suas instituições e como o sistema de freios e contrapesos reage a esse fenômeno, de ter empresas estrangeiras impactando o debate público e o regime de informação das populações. A expectativa desse trabalho é contribuir com a, até aqui, incipiente bibliografia do tema e ajudar em debates futuros sobre a interrelação entre democracia e redes sociais. |