As Big Techs e os limites do capital.
Ano de defesa: | 2024 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://hdl.handle.net/11449/258495 https://lattes.cnpq.br/1131051874399147 |
Resumo: | O presente trabalho aborda as transformações do modo de produção capitalista, em especial os processos de deslocamento geográfico de capital em prol de um fluxo mais flexível de acumulação, com enfoque nas figuras jurídicas das sociedades anônimas e nas Big Techs, analisando a influência das novas tecnologias nesse contexto. A pesquisa tem como objeto principal investigar como as Big Techs se lançaram ao topo do Capitalismo financeiro, assumindo o papel de liderança não-eleita nos âmbitos social, econômico e político, especialmente em decorrência da crise pandêmica que catalisou a hiper-dependência tecnológica em ampla escala. A metodologia adotada é a análise documental dos formulários de divulgação de resultados ao mercado (formulários 10-K) das catorze maiores empresas de tecnologia com sede nos Estados Unidos, buscando compreender a apresentação de resultados e as escolhas linguísticas utilizadas. As companhias foram selecionadas a partir do ranqueamento Global 2000, divulgado anualmente pela revista Forbes, e tiveram como recorte temporal os formulários referentes aos anos-exercícios de 2021 e 2022, considerando tais períodos como os primeiros resultados integralmente divulgados após o início da pandemia do COVID-19 em 2020. A análise dos resultados das Big Techs ateve-se a dois critérios objetivos em planos de origem diferentes, sendo o primeiro de natureza contábil-financeira (os valores indicados a título de “vendas líquidas” pelas empresas) e o segundo situado no campo da relação capital-trabalho (número total de empregados diretos contratados). Os resultados parciais indicam que as empresas de tecnologia obtiveram resultados financeiros expressivos nos períodos pós-pandêmicos, impulsionados diretamente por uma abrupta e urgente demanda de grande parte do sistema produtivo por processos tecnológicos capazes de flexibilizar e amenizar os efeitos limitantes, principalmente geográficos, da crise de saúde global. |