Desenvolvimento de nanorradiofármaco à base de magnetita e processo de decoração com anticorpo monoclonal para determinação de alvo intracelular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Albernaz, Marta de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16126
Resumo: O advento do desenvolvimento de radiofármacos em escala nanométrica, propicia um novo paradigma para a medicina nuclear e desponta como alternativa viável ao tratamento e diagnóstico de tumores. A liberação controlada, específica e direcionada ao alvo correto, garante maior eficiência e diminui os efeitos colaterais e tóxicos. As nanopartículas de última geração possuem ligantes de superfície de reconhecimento específicos, como anticorpos (monoclonais), permitindo o aumento do reconhecimento do tecido tumoral. As nanopartículas de óxido de ferro (Fe3O4) como magnetita apresentam alta reatividade química superficial, favorecendo a ligação de biomoléculas; apresentam difusão através de tecidos e baixa toxicidade. Nesse contexto, e interligando tecnologias de ponta, tais como a nuclear e nanotecnologia, este trabalho teve como objetivo a produção, caracterização e estudo da biodistribuição de nanopartículas magnéticas decoradas com Trastuzumabe marcadas com o radionuclídeo Tecnécio-99m para detecção precoce e precisa de tumores de mama. As nanopartículas magnéticas foram preparadas pelo método de termodecomposição e caracterizadas por microscopia eletrônica de transmissão (MET) e Microscopia eletrônica de transmissão de alta resolução (HRTEM), evidenciando sua forma esférica e seu diâmetro de 7 nm. A conjugação do anticorpo monoclonal à superfície da nanopartícula de magnetita foi realizada por meio de uma reação de carbodiimida. A marcação com Tecnécio-99m foi realizada pelo método indireto e seu rendimento determinado pela cromatografia em papel Whatman nº 1. O resultado demonstrou um rendimento de marcação maior que 97%. A imagem SPECT mostra a captação correspondente à lesão, que tem sua localização confirmada com a respectiva imagem de bioluminescência. No estudo de biodistribuição foram utilizados camundongos Balb/c nude sadios e induzidos com xenoenxerto de tumor de mama humano de linhagem MCF-7, que foram sacrificados duas horas após a administração do nanorradiofármaco e dissecados para contagem dos órgãos no contador gama. O tumor xenoenxertado teve grande captação (> 10% da dose total injetada), corroborando o uso do nanorradiofármaco. A biodistribuição demonstrou que o nanorradiofármaco possui um clearance renal excelente, e pouco reconhecimento pelo sistema macrofágico assim como não foi capaz de permear a barreira hematoencefálica, consubstanciando sua segurança de uso. Por fim, o nanorradiofármaco apresentou grande afinidade às proteínas plasmáticas e baixa acumulação no tecido estriado cardíaco, reduzindo assim seu efeito cardiotóxico. O conjunto dos dados estabelece um perfil de uso como agente de imagem para fins diagnóstico em câncer de mama.