Os libertários do Rio: visões do Brasil e dilemas da auto-organização na imprensa anarquista da Primeira República

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Cazes, Pedro Faria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Estudos Sociais e Políticos
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17362
Resumo: O presente trabalho investiga a atuação dos libertários no Rio de Janeiro da Primeira República, tomando como material de pesquisa um conjunto de periódicos anarquistas editados na cidade entre 1903 e 1919. A intensa atividade desenvolvida pelos militantes libertários daquele período pode ser organizada em duas frentes: por um lado, se envolveram na criação de dezenas de publicações que constituem a imprensa anarquista e, por outro, fundaram centros culturais e associações de classe. Considerando que a relação entre anarquismo e imigração europeia, ainda que importante, tem sido por vezes sobrevalorizada pela literatura especializada, buscamos explorar algumas conexões entre o anarquismo e contexto político-intelectual brasileiro. Assim, inserimo-lo dentro de uma sequência histórica dos radicalismos políticos no Brasil, e abordamos a relação com o positivismo para reconstituirmos as suas visões sobre a sociedade brasileira do pós-abolição. Analisando textos de avaliação do movimento operário, enquetes, balanços de greves e outras mobilizações, procuramos recuperar como os próprios anarquistas pensaram os principais problemas e dilemas que encontravam para a auto-organização e emancipação dos trabalhadores – o que traz para o primeiro plano a forma como eles enxergavam não apenas o Estado, mas a própria sociedade.