Efeitos da utilização de ácidos graxos poli-insaturado ômega 3 s em crianças com sobrepeso e obesidade: uma revisão sistemática
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Nutrição BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7304 |
Resumo: | A obesidade e o sobrepeso são definidos como o acúmulo anormal de gordura corporal, o que pode acarretar consequências graves para a saúde das pessoas. São considerados um importante problemas de saúde pública, principalmente devido à tendência global do seu aumento e devido ao impacto que eles causam na sociedade. Os ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa, especialmente os pertencentes a família Ômega-3, além de terem grande importância para a estrutura, desenvolvimento e funcionamento do tecido cerebral, também têm importante papel na prevenção e controle da obesidade e doenças associadas em crianças e adolescentes. O objetivo desta revisão foi verificar se intervenções que utilizaram ácidos graxos poli-insaturados Ômega-3 em crianças e adolescentes com excesso de peso produziram algum efeito sobre a massa corporal, índice de massa corporal, perfil lipídico, marcadores de inflamação e metabolismo de glicose. As buscas foram realizadas em maio de 2015, em quatro bases de dados: MEDLINE, Scopus, LILACS e Cochrane library. Foram utilizados descritores referentes aos termos: Ácidos Graxos poli-insaturados ômega 3, crianças e adolescentes, excesso de peso e ensaios clínicos randomizados. Os dados extraídos foram apresentados pela diferença da média com seu respectivo intervalo de confiança. Foram encontrados 910 artigos excluindo os duplicados. Foram lidos os títulos e resumos e foram selecionados 40 estudos para a leitura do texto completo para verificação dos critérios de inclusão e 8 estudos foram incluídos. Apesar da heterogeneidade entre os estudos não ter possibilitado o agrupamento para a meta-análise, ao avaliar individualmente os estudos por desfechos, observa-se que o ácido graxo ômega 3 não interfere em medidas antropométricas, níveis de pressão arterial em crianças e adolescentes com excesso de peso. Estudos sobre o efeito do ácido graxo ômega 3 no metabolismo dos lipídios, e principalmente dos triglicerídeos devem ser oportunamente repetidos com metodologias padronizadas, para que se possa saber o real efeito para o grupo estudado. A intervenção com ácido graxo ômega 3 não exerceu efeito significativo sobre os marcadores de inflamação em nenhum dos estudos incluídos na revisão. Destaca-se os efeitos positivos do ômega 3 encontrados para o metabolismo da insulina, que obtiveram diferenças médias significativas, sendo observadas em quatro estudos favorecendo o grupo intervenção, sendo encontrado apenas 1 resultado não esperados de aumento de glicemia foi observados por um estudo no grupo que sofreu intervenção com ácido graxo ômega 3. Em síntese os resultados positivos foram vistos em sua maioria quando os estudos eram direcionados a crianças e adolescentes que apresentavam associados ao excesso de peso algum comprometimento metabólico, como por exemplo esteatose hepática ou resistência a insulina, em comparação as crianças que apresentavam apenas a o excessso de peso. Apontamos assim que a realização de ensaios clínicos randomizados e controlados de alta qualidade em crianças e adolescentes que visem abordar a relação entre o ácido graxo ômega 3 com as doenças crônicas não transmissíveis devem ser direcionados ao tratamento das comorbidades associadas ao excesso de peso |