A zona oeste da cidade do Rio de Janeiro como eixo de expansão urbana para habitação de interesse social: considerações a partir do programa minha casa minha vida em Senador Camará
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Serviço Social Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Serviço Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16807 |
Resumo: | O desenvolvimento econômico do Brasil está atrelado à resolução de suas questões sociais, dentre as quais o déficit habitacional. A partir da criação do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), em 2009, pelo governo federal do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o enfrentamento do déficit habitacional ficou centralizado pelas ações de financiamento federal do referido programa, que já disponibilizou mais de 10.000 unidades habitacionais para usuários das faixas de 0 a 03 salários mínimos , nas categorias de reassentamento e/ou sorteio em toda o município do Rio de Janeiro. O objetivo principal da pesquisa foi analisar a participação da política habitacional pública da prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, na Zona Oeste, através do PMCMV em Senador Camará, para o incremento do padrão histórico de produção social do espaço urbano de forma periférica e rarefeita de urbanidade e, consequentemente, para o não fortalecimento do direito social à moradia e ao direito humano à moradia digna. No final do século XIX a cidade do Rio de Janeiro cresceu a partir de diversos eixos de expansão com a construção da Estrada de Ferro Central do Brasil, a construção das bases militares e as diversas remoções de favelas. A pesquisa buscou analisar, a questão da Política de Habitação de Interesse Social, através do PMCMV, como um vetor recente importante de expansão da cidade para a região da zona oeste. Concluiu-se ao final da pesquisa que o PMCMV reitera uma série de características do processo de urbanização marcado historicamente pela segregação socioespacial, reforçando a lógica de que o lugar dos pobres e da população de baixa renda é nos lugares afastados, com um tecido urbano fragmentado, com carência de infraestrutura, de equipamentos, de serviços públicos e de empregos. Um programa habitacional dessa dimensão poderia ser um importante vetor de qualificação de áreas precárias e de promoção de um modelo mais igualitário de ocupação do território com um fácil acesso a todas as suas políticas públicas, mas ao contrário, ele potencializa problemas urbanos e reafirma disparidades socioespaciais. |