Pensamento social, justiça e cotas: um estudo de representações sociais com universitários

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Thamiris Marques da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15395
Resumo: Esta dissertação investigou o pensamento social que jovens universitários, cotistas e não cotistas, têm sobre as reservas de vagas ou cotas na universidade e justiça. O referencial teórico envolve a Teoria das Representações Sociais, de Serge Moscovici (1961) e sua teoria complementar, a Teoria do Núcleo Central de Abric (1994). Entre os objetivos está a busca por uma explicação da frequente rejeição das cotas raciais por parte dos universitários constada na literatura (NEVES, LIMA, 2007; NAIFF et al., 2009). O método abarca um questionário que contém evocações livres com termos indutores Justiça e Cotas , questões fechadas e itens de likert. A análise dos dados das evocações é a análise prototípica (VERGÈS, 1994), além da contabilização das frequências referentes às respostas das questões fechadas e teste t-student para os itens de Likert. Os resultados mostram que algumas ideias são comuns a cotistas e não cotistas, como o conceito de igualdade que surge em ambos os grupos associado à Justiça e Cotas. Além disso, os universitários compartilham os conceitos de leis e direito atrelados à Justiça e o conceito de oportunidade ligado às Cotas. Os resultados relativos às cotas raciais e sociais nas Universidades mostram que quanto às cotas destinadas a negros, índios e estudantes de escola pública levando em conta a renda, ambos são favoráveis; já a diferença entre os grupos está no fato dos não cotistas serem contrários às cotas destinadas a negros, índios e estudantes de escola pública sem levar em conta a renda, enquanto os cotistas são favoráveis às cotas para índios e estudantes de escola pública com ou sem renda, apesar de concordarem com os não cotistas que cotas para negros só são aceitáveis com a ponderação da renda. Entre as principais contribuições da pesquisa sem dúvida está o resultado geral relativo ao pensamento social de cotistas e não cotistas que não foi tão polarizado quanto se esperava, já que abarcou muitas ideias semelhantes entre os dois grupos. Outro ponto é que os universitários, em geral, não foram tão desfavoráveis às cotas raciais quando estas ponderam a renda dos indivíduos, como presente outros em estudos (NAIFF et al., 2009; NEVES, LIMA, 2007; SILVA, SILVA, 2012)