Experimentações de leitura na família: Home Literacy e o uso da tecnologia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Vaniele Barreiros da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15043
Resumo: Perceber a leitura como prática social, histórica e cultural é a primeira experiência necessária a se pensar as mudanças e variações do seu reflexo na construção social. A tecnologia permite novas nuances das práticas de leitura. Revisando sua história, em autores como Fischer, Chartier e Manguel, busca-se rever a leitura como integração e mudança dos indivíduos. Isso permite uma análise dos usos e das apropriações da leitura nas crianças da contemporaneidade, com o intuito de entender as implicações futuras. Tendo como objetivo analisar o uso de ferramentas eletrônicas como tablets, celular, jogos e computadores, em crianças em fase de pré-alfabetização em seu letramento, é escolhida a metodologia mista. Em uma análise quantitativa, 73 pais responderam um questionário que propõe uma reflexão acerca dos usos de ferramentas tecnológicas, além da leitura e dos estímulos parentais para a prática do ler. Munidos de novas perspectivas da relação entre pais, filhos, tecnologia e leitura, foram selecionados sete pais para participarem de entrevistas em grupo que trouxeram informações pertinentes para a parte qualitativa da pesquisa. Os dados obtidos foram analisados por estatística descritiva. Posteriormente, para as entrevistas, as transcrições mapeadas pela análise de conteúdo de Bardin permitiu uma ampla discussão acerca dos benefícios e malefícios envoltos no uso das tecnologias junto à leitura. A partir das categorias descritivas e conceituais, foi possível estabelecer parâmetros que pontuaram a efemeridade instaurada nos processos de leitura das crianças. A partir dessas primeiras observações, é possível afirmar que há uma lacuna, entre pais e crianças, acerca dos benefícios da tecnologia para a leitura. Pode-se dizer, a princípio, que os processos de leitura estão passando por um movimento de retrocesso, em que as crianças, da contemporaneidade, encontram-se em uma situação de fragilidade, pois as ferramentas apresentam uma mudança constante, mas as apropriações não acompanham as demandas desses equipamentos. Dessa forma, cabe pensar os estímulos, os processos cognitivos, a sensorialidade, os estímulos parentais, as recepções textuais, o conceito de leitura discutidos em quatro eixos que permitem mapear as significações encontradas nas casas, em suas práticas diárias de leitura