Antiespecismo e formação de professoras: um fazer inventivo com diários de campo
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21792 |
Resumo: | O especismo é a opressão que os seres não humanos sofrem por pertencerem à outra espécie. É um fenômeno multifatorial e interdependente de outras formas de dominação, como o colonialismo, o racismo, o machismo e o capitalismo. Entre os muitos espaços em que essa opressão é produzida e ensinada, estão as instituições de educação, como a escola e a universidade. Esta tese, por meio de uma pesquisa-intervenção e em companhia dos diários de campo, procura destacar como a formação de professoras ajuda a reproduzir lógicas especistas que irão ressoar na escola básica e na vida. Busca também dar a ver de que maneiras a formação inventiva pode forçar o pensamento a perceber e questionar o especismo, forjando brechas para produzir modos outros de ver os animais não humanos, modos em que estes não sejam tidos como objetos de propriedade, expostos à exploração de seu corpo e à privação de sua liberdade. O que move uma formação inventiva é a aposta em fazer problematizações, para desaprender aquilo que nos conforma e nos imobiliza. Como ainda utilizamos a cultura e nossos valores coloniais para romantizar e justificar a violência e exploração de outros seres? Que dispositivos estão envolvidos na captura da empatia, do encantamento, dos devires e na promoção da dominação? Estas e outras tantas questões explicitam os eixos de análise e de intervenção, atravessando a produção da pesquisa que, pode-se dizer, trata-se de uma “tese militante” antiespecista, um desdobramento de um modo de estar no mundo e de dar visibilidade às outras possibilidades de se relacionar com os animais. A proposta assim é problematizar como certos conceitos especistas são reproduzidos, naturalizados ou questionados na formação de professoras, mantendo lógicas que legitimam um modelo de exploração, dominação e morte de incontáveis seres, humanos e não-humanos, para, com efeito, inventar modos antiespecistas de formar professoras. |