Abundância, distribuição e biomassa espacial e sazonal de camarões Luciferídeos (Crustacea, Decapoda) na Bacia de Campos, RJ Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Cardoso, Cintia da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Oceanografia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Oceanografia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/13910
Resumo: A família Luciferidae é representada no litoral brasileiro pelas espécies Lucifer faxoni e Lucifer typus. Pouco se conhece sobre os processos associados a esta. Com o objetivo de verificar a abundância e a distribuição da família Luciferidae quanto à dinâmica temporal (períodos chuvoso e seco) e a dinâmica espacial composta pelo gradiente longitudinal (plataforma e talude); gradiente latitudinal (norte e sul) e gradiente vertical (distribuição nas massas de água) foram realizadas amostragens no litoral sudeste do Brasil, na Bacia de Campos (22º22 15 S - 41º47 13 W) em períodos secos e chuvosos. O estudo fez parte do Projeto Habitats Heterogeneidade Ambiental da Bacia de Campos coordenado pelo CENPES/PETROBRAS. As coletas foram realizadas durante a noite entre março/abril e agosto/setembro de 2009. A área de estudo foi dividida em seis transectos posicionados no sentido sul-norte. Para cada transecto foram definidas oito isóbatas, abrangendo a plataforma continental (até a isóbata de 150 m) e o talude (da isóbata de 150 m até a de 3.000 m). As amostragens foram realizadas nos núcleos definidos na massa de água: Água Tropical (AT), a 1 m, na Água Central do Atlântico Sul (ACAS), a 250 m, Água Intermediária Antártica (AIA), a 800 m, Água Circumpolar Superior (ACS), a 1.200 m e Água Profunda do Atlântico Norte (APAN), a 2.300 m. Os arrastos foram horizontais, exceto na APAN que foram verticais, com duração de 10 a 15 minutos utilizando a rede multinet com malha de 200 &#61549;m. Os indivíduos foram identificados em microscópio. L. faxoni foi mais abundante que L. typus. As maiores densidades (11.2571 ± 44,09) das espécies foram encontradas na AT ao longo de todo o estudo. A abundância de L. faxoni foi maior no período chuvoso do que no seco (7,6977 ± 33,68 e 3,4596 ± 10,15, respectivamente). L. typus foi encontrado em baixas densidades em ambos os períodos (0,0578 ± 0,14 no chuvoso e 0,0421 ± 0,11 no seco). L. faxoni foi mais abundante nas estações costeiras ao longo de todo o estudo. Os luciferídeos foram encontrados até a ACS, não ocorrendo na APAN. No período chuvoso, L. faxoni foi mais frequente nas estações da plataforma alcançando as primeiras estações do talude, enquanto L. typus ocorreu nas estações oceânicas do talude, porém encontrados também em algumas estações da plataforma sem ocorrer sua sobreposição. No período seco, L. faxoni teve distribuição ampla alcançando as estações mais externas do talude se sobrepondo à L. typus que, por sua vez, esteve restrita às estações do talude. A biomassa de Lucifer faxoni variou diferentemente (p < 0,05) entre massa de água e região (plataforma e talude), independente do período (chuvoso e seco). Não houve variação significativa da biomassa de Lucifer typus entre massa de água, período e região. A biomassa de Lucifer faxoni foi influenciada significativamente (p < 0,05) pela salinidade, enquanto que a de Lucifer typus foi influenciada pela temperatura, clorofila a e nitrogênio. A biomassa de Lucifer faxoni foi maior nas massas de água AC e AT. Já Lucifer typus teve os maiores valores de biomassa na AT. A profundidade de ocorrência das espécies foi ampliada para 1200 metros. Lucifer typus foi considerado indicador biológico da AT