A percepção de mulheres, em relacionamento estável, quanto à vulnerabilidade para contrair DST/Aids

• Ano de defesa: 2008
• Autor(a) principal: Silva, Carla Marins
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem; BR; UERJ; Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
• Palavras-chave em Português: Woman s health; Gender; Nursing; STD/HIV; Vulnerability; Saúde da mulher; Gênero; Enfermagem; DST/HIV; Vulnerabilidade; Enfermagem na saúde e higiene da mulher; Relações de gênero Aspectos da saúde; Doenças sexualmente transmissíveis Fatores de risco; Infecções por HIV Fatores de risco; Aids (Doença) Fatores de risco; Autopercepção nas mulheres Aspectos da saúde; CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM
• Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11323

Trata-se de pesquisa descritiva com abordagem qualitativa cujo objeto foi percepção de mulheres com relacionamento estável quanto à vulnerabilidade para contrair DST/Aids. Os objetivos foram: Descrever a percepção das mulheres com relacionamento estável quanto à vulnerabilidade para contrair DST e Aids e Discutir as influências das relações de gênero na percepção das mulheres com relacionamento estável quanto à sua vulnerabilidade para contrair DST e Aids. O estudo foi realizado em um Campus Universitário, situado na zona norte, no município do Rio de Janeiro, durante os meses de março e abril de 2008. Como sujeitos do estudo foram abordadas aleatoriamente 15 mulheres de idade a partir de 18 anos, que se autodeclaram em relacionamento estável, de diferentes níveis de escolaridades, raças e religião, e que freqüentam o Campus. Neste grupo incluem-se as estudantes dos diferentes cursos, as servidoras técnico-administrativas ou docentes e as demais usuárias das dependências do Campus. Em atendimento ao preconizado pela Resolução 196/1996 do Conselho Nacional de Saúde, todos os sujeitos do estudo assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido, em que foi garantido sigilo de sua identificação, direito de interromper ou sair da pesquisa e ficar ciente dos resultados finais. O projeto foi submetido à apreciação do Comitê de Ética da UERJ e foi aprovado em 12 de março de 2008 (projeto 1969-CEP/HUPE). As entrevistas foram gravadas em Digital Media Player (mp4) e posteriormente transcritas para análise. Aconteceram em salas de aula, sala de espera, no corredor ou nos bancos do jardim da universidade, de acordo com as escolhas das entrevistadas, de modo a manter sua privacidade. A análise dos dados foi feita segundo os pressupostos da análise de conteúdo conforme proposto por Bardin (1977). Os dados encontrados revelam-se em 3 categorias centrais: a primeira diz respeito à caracterização do relacionamento estável, a segunda discute vulnerabilidade e risco quanto ao relacionamento estável e a terceira apresenta as percepções de si e do outro em relação à vulnerabilidade para contrair DST/Aids. Concluiu-se que as mulheres, em relacionamento estável, reconhecem este grupo como tendo sua vulnerabilidade aumentada. Isto ocorre pelo fato de não adotarem medidas preventivas devido às características próprias do relacionamento estável, como por exemplo, o amor, a fidelidade e a confiança. Apesar disso, percebem as outras mulheres como as mais vulneráveis, uma vez que se excluem do risco de contrair DST/Aids, como uma conseqüência das desigualdades de gênero construídas culturalmente em nossa sociedade.