Estabilidade tridimensional a longo prazo da cirurgia de avanço mandibular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Franco, Alexandre de Albuquerque
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Odontologia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14040
Resumo: O objetivo deste estudo prospectivo observacional foi avaliar a estabilidade da cirurgia de avanço mandibular a partir da superposição de modelos de superfícietridimensionais (3D) de 27 pacientes, para verificar possíveis mudanças ocorridas por deslocamento e/ou remodelação óssea nos côndilos mandibulares, ramos, mento e nos tecidos moles. Os modelos foram obtidos a partir de tomografias computadorizadas de feixe cônico nos tempos pré-cirúrgico (T1), 1 ano pós-cirúrgico (T2) e 3 anos (T3) após a cirurgia. As superposições foram realizadas tendo-se como referência a base do crânio pré-cirúrgica, a partir de um registro totalmente automatizado, para permitir o estudo dos deslocamentos ocorridos nas regiões anatômicas de interesse (RAI). Foram determinadas 14 RAI para a avaliação dos tecidos duros e 4 regiões para os tecidos moles, sendo a visualização e quantificação dos deslocamentos a partir de mapas coloridos 3D através do método de linha de contorno (Isoline).A reprodutibilidade do método foi avaliada por meio do índice de correlação intraclasse o qual apresentou-seacima de 0,90 para todas as RAI estudadas. Foram aplicados testes não paramétricos de Kruskal Wallis seguido do post-test de Dunn para a avaliação das mudanças entre T1-T2, T1-T3 e T2-T3, com o nível de significância em 0,05. Correlações de Spearman foram realizadas para verificar possíveis associações entre os deslocamentos das RAI em cada tempo do estudo. Entre T1-T2 os maiores deslocamentos dos côndilos foram no pólo medial (25% de 2 a 4 mm) e lateral (33% de -2 mm a -4 mm). Com relação ao mento, os maiores deslocamentos ocorreram no bordo inferior (41%, de 2 a 4 mm / 50% >4 mm) e superfície anterior (12,5%, de 2 a 4 mm / 66,67% >4 mm). O bordo posterior do ramo esquerdo apresentou mais deslocamentos posteriores (50% de -2 a -4 mm) eno lado direito em direção anterior (12,5% de 2 a 4 mm e 12,5% >4 mm). Entre T1-T3 as mudanças foram semelhantes às mapeadas entre T1-T2. Entre T2-T3 os maiores deslocamentos na região dos côndilos mandibulares ocorreram na superfície anterior do lado esquerdo (12,5% de 2 a 4 mm) e direito (8,33% de -2 a -4 mm) e superfície superior (8,33% de 2 a 4 mm para ambos os lados). No mento, os maiores deslocamentos ocorreram no bordo inferior (16,67%, de 2 a 4 mm) e superfície anterior (16,67%, de -2 a -4 mm). Entre T1-T2 e T1 e T3 o mento mole apresentou deslocamentos maiores do que 2 mm acompanhando o mento duro. O lábio inferior apresentou menores delocamentos nos 2 tempos iniciais. Houve uma acomodação nos tecidos moles entre T2-T3 representando estabilidade. O presente estudo demonstrou que após o primeiro e terceiro ano o deslocamento e remodelação nos tecidos duros e moles em média foram variáveis e o resultado cirúrgico apresentou notável estabilidade no longo prazo.