Avaliação comparativa do Phoenix®, VITEK® 2, Etest® e Teste de Microdiluição em Caldo, para determinação do perfil de sensibilidade à vancomicina em Staphylococcus aureus isolado de infecção da corrente sanguínea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Costa, Ana Paula Paes da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde, Medicina Laboratorial e Tecnologia Forense
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19674
Resumo: Bacteremia por Staphylococcus aureus causa morbidade e mortalidade significativas, principalmente causadas por S.aureus resistente à meticilina (MRSA). Atualmente, a vancomicina é uma das principais drogas de escolha para o tratamento das infecções por MRSA. A microdiluição em caldo (MDC) continua sendo a metodologia considerada padrão-ouro para determinar a concentração inibitória mínima (CIM) para a vancomicina. A maioria dos laboratórios clínicos empregam métodos mais práticos nas rotinas, porém esses métodos podem não determinar os valores de CIM para a vancomicina com precisão. Este estudo teve como objetivo avaliar a acurácia dos valores de CIM obtidos através dos sistemas automatizados Vitek System® 2 e BD Phoenix 100®, bem como do teste de fita gradiente Etest®, frente aos valores obtidos por MDC. Um total de 78 amostras (n=27 de S. aureus sensível à meticilina e n=51 de MRSA) foram isoladas de infecções da corrente sanguínea de pacientes internados em um Hospital Universitário, na cidade do Rio de Janeiro. A CIM para a vancomicina foi determinada seguindo as recomendações do Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI) e dos fabricantes dos sistemas comerciais analisados. Também realizamos a tipagem SCCmec a fim de estabelecer uma possível correlação dos tipos encontrados com os valores de CIMs verificados na análise. A maioria dos isolados apresentou valores de CIM de 1μg/mL por MDC e através do BD Phoenix100®. Etest® e VITEK System®2 determinaram para a maior parte dos isolados CIM de 1,5 e 0,5 μg/mL para a vancomicina, respectivamente. Assim, Etest® e VITEK System®2 tenderam a superestimar e subestimar, respectivamente, os valores de CIM. Três isolados MRSA, sensíveis à vancomicina pela MDC, eram intermediários à vancomicina pelo Etest®. Os tipos SCCmec II (39%) e IV (51%) foram os mais frequentes, não havendo relação entre o tipo de SCCmec e os valores de CIM. Os resultados mostraram que as CIMs para a vancomicina variam de acordo com o método utilizado. É essencial que os médicos considerem que os valores das CIMs podem ser diferentes, dependendo do método utilizado, uma vez que o valor da CIM é geralmente um dos parâmetros laboratoriais mais empregados pelos médicos para selecionar a terapia mais apropriada.