Com açúcar e com afeto: práticas dialógicas na educação de jovens e adultos

• Ano de defesa: 2017
• Autor(a) principal: Coutinho, Paulo Gomes
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira; Brasil; UERJ; Programa de Pós-Graduação de Ensino em Educação Básica - CAp UERJ
• Palavras-chave em Português: Young and adult education history; Teaching practice; Dialogue; História do EJA; Prática docente; Diálogo; CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO::ENSINO-APRENDIZAGEM
• Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20617

O ponto central desse trabalho é propor uma ação pedagógica na docência baseada no diálogo e na afetividade. A Educação de Jovens e Adultos – EJA é o grande campo e o Programa de Educação de Jovens e Adultos – PEJA, da Rede Municipal de Educação da Cidade do Rio de Janeiro é o cenário em que a pesquisa acontece. Entendendo a dialogicidade e a afetividade como elementos fundamentais para uma ação pedagógica bem-sucedida ao enfrentar a evasão escolar na modalidade, a pesquisa foi verificara ocorrência - ou não - de tais práticas em Unidades Escolares que oferecem o Programa. Para tanto, o texto está estruturado em seis momentos. Iniciando com uma retrospectiva histórica da EJA, a 1ª parte procura situar na história das iniciativas assistencialistas na década de 1940, passando pelas transformações conceituais e estruturais da educação de adultos, até sua constituição como modalidade e como direito. Nesse momento, o trabalho pretende abordar dois aspectos: um, os reflexos da dependência histórica e sistêmica imposta pelas agências internacionais ao Brasil nas políticas educacionais e na EJA, o que torna a modalidade um campo tensionado e outro, como consequência, os movimentos que transformaram aquelas políticas em direito público subjetivo, garantido e em consolidação. Depois de apresentar um estado da arte, temos o momento da teorização. Apresentamos os pressupostos, argumentando que nossa sociedade é estruturalmente excludente e que este desenho se reproduz na educação escolar; os conceitos orientadores do trabalho: fracasso/abandono escolar, afetividade, dialogicidade e contra-hegemonia e por fim, as hipóteses que, a partir de teóricos ligados aos campos da educação crítica e da educação popular, defende que a prática docente na EJA, eivada de afetividade e dialogicidade, pode ser apresentada como possibilidade de enfrentamento contra-hegemônico. A partir de uma metodologia baseada na pesquisa ação e na utilização de questionários direcionados para coletar os dados, a pesquisa abrangeu doze escolas municipais localizadas na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro envolvendo onze docentes de História. A seguir, o trabalho traz as análises que as informações coletadas no campo suscitaram. Finalizando, apresentamos um produto, um minicurso para professores do PEJA que propõe uma reflexão sobre a necessidade de abordar as funções da EJA no cotidiano das ações pedagógicas e a conclusão em forma de proposições.