Alterações no tecido esplênico e perfil da resposta imunológica de camundongos esquistossomóticos submetidos à ingestão de etanol
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Biologia Humana e Experimental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20840 |
Resumo: | Na infecção esquistossomótica mansônica, o baço é um dos órgãos afetados, causando o aumento do seu volume (esplenomegalia). A ingestão de etanol através de bebidas alcoólicas pode causar atrofia do baço e interferir na atividade imunológica. Para se ter conhecimento desta associação sobre o baço e no perfil de resposta imunológica, foram utilizados camundongos machos como modelo experimental. Um grupo desses animais (n=5) não foram infectados e nem receberam etanol (Grupo C), outro grupo (n=5) não foi infectado, porém recebeu por via oral (gavagem), 200 μL/dia/animal de etanol à 18%, durante 28 dias consecutivos (Grupo CE). Os demais animais foram infectados com 80 cercarias (Cepa BH) de S. mansoni, sendo um grupo (n=7) mantido apenas a infecção (Grupo I), e no outro grupo (n=7) foi administrado o etanol (28 dias consecutivos) iniciando-se na quinta semana de infecção indo até o final do experimento (Grupo IE). Na nona semana de infecção, ao término da gavagem, todos os animais foram eutanasiados e o conteúdo do lavado peritoneal (em meio RPMI) foi recolhido para a obtenção de citocinas produzidas por células peritoneais. O baço foi retirado, clivado longitudinalmente em duas partes. Uma destas partes foi fixada e submetida a processamento histológico de rotina e os cortes histológicos corados em H&E e Reticulina de Gomori. O outro fragmento foi macerado (em fluxo laminar) e a suspensão de células, após o ajuste de concentração de células (2x106), foi plaqueada para obtenção de citocinas produzidas por células do baço. Análises bioquímicas e sanguíneas (leucograma) também foram realizadas. As alterações no baço foram avaliadas através das análises histopatológica e estereológica (sistema de teste D36), morfometria de polpa branca e quantificação de megacariócitos. As citocinas produzidas por células do peritoenais e do baço foram dosadas por citometria de fluxo (Citometric Bead Array). Os resultados das análises bioquímicas mostraram aumento significativo da glicose (+ 71%; p=0,0079), do colesterol (+ 22%; p= 0,0079), do HDL (+ 27%; p= 0,0079) e da albumina (+ 30%; p= 0,0079) no grupo IE em relação ao grupo I. As análises no tecido esplênico do grupo IE mostraram aumento na quantidade de trabéculas e de megacariócitos, diminuição das fibras reticulares, bem como alterações organizacionais na polpa branca e polpa vermelha. A citocina IL-6 produzida pelas células peritoneais apresentou aumento significativo (+32200; p=0,0018) no grupo IE, quando comparado ao grupo C. As alterações encontradas neste estudo demonstram que a ingestão de etanol interfere em alguns parâmetros da infecção esquistossomótica experimental, como as alterações no tecido esplênico e no padrão da produção das citocinas. |