Revolução e parrêsia no pensamento de Michel Foucault
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Filosofia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23513 |
Resumo: | Este trabalho visa a analisar as noções de revolução e parrêsia no pensamento de Michel Foucault. A pesquisa surge do diagnóstico foucaultiano a respeito da vida política da França após os movimentos de maio de 1968. A efervescência dos movimentos de maio de 1968 foi seguida por um neoliberalismo mitigado e uma esquerda morna. As lutas foram aclimatadas no interior da forma-partido. A imobilidade da vida política se efetivou. O autor afirma haver ausência de desejabilidade da revolução devido à inexistência de entusiasmo político. A hipótese seguida nesta pesquisa é afirmar indicativos normativos críticos a respeito da temática da revolução no pensamento de Michel Foucault, pois não abandona a noção de revolução. Procura modificá-la sobremaneira em vista da transformação de si, dos outros e do mundo, de modo que não há mundo outro sem um “ultrapassamento” de si e de nós. Para consecução do objetivo de pesquisa, seguimos a metodologia proposta pelo autor na conferência Méthodologie pour la connaissance du monde: comment se débarrasser du marxisme, proferida em 25 de abril de 1978. Foucault considera o marxismo como um conjunto de funções e modos de manifestação de poder ligados à palavra de Marx. Focaliza o marxismo como discurso científico, profecia e filosofia de Estado ou ideologia de classe. No primeiro capítulo, investigamos a análise do autor sobre os efeitos de saber do marxismo. No segundo, examinamos sua análise dos efeitos de poder do marxismo no tocante à obediência ao partido e a seus líderes. No terceiro capítulo, articulamos seus estudos sobre a revolta iraniana, o entusiasmo político, a constituição da subjetividade no mundo antigo e a parrêsia cínica para propormos sua concepção acerca da revolução em termos “parresiásticos”. Dessa maneira, formulamos que Michel Foucault, ao tratar da revolução, reconecta as instâncias ética e política em uma perspectiva revolucionária, visto que a mudança de si não se contrapõe à mudança do mundo. A luta modifica o si, os outros e o mundo em uma relação interdependente. Restitui o valor filosófico do desejo revolucionário, por sua força de imaginar novos modos de vida coletivos nos quais a mudança do mundo implica a mudança nos processos de subjetivação. |